Conversei com o advogado hoje (terça-feira) e ele revelou que seu cliente irá se entregar amanhã (quarta-feira). Foi o que disse o delegado Antenor de Jesus Zeque, titular do 3º Distrito Policial (DP) onde será aberto o inquérito para esclarecer o assassinado de Adriano Antônio da Silva, de 28 anos, que morreu com um tiro no rosto disparado por Jonas Alves de Albuquerque, de 45 anos. O crime aconteceu na Rua Ana Vieira (antiga Rua 2) na região do Bairro Santa Maria I.
O delegado também recebeu a informação passada pelo advogado revelando que Jonas está cuidando dos ferimentos causados pelas agressões que sofreu da vítima e do irmão da vítima e continua muito traumatizado com o episódio, se recuperando, psicologicamente. Foi por isso, segundo o advogado, os motivos que fizeram com que ele não se entregasse até agora, ressalta Zeque.
Outro detalhe é que se, realmente, Jonas se entregar, prestará depoimento e será liberado para responder o processo em liberdade. Ele não poderá ser preso em flagrante e não existe um mandado de prisão contra ele. Então deverá responder em liberdade, disse o delegado do 3º DP. Porém, a autoridade policial civil adianta que se caso ele for preso pela polícia a situação poderá se inverter. Nesse caso, vai depender da maneira de como a prisão foi realizada. Perante a lei a pessoa se apresentar espontaneamente é uma situação e ser presa é outra, compara o delegado.
{n}{tam:25px}Relembrando o crime{/n}{/tam}
Segundo apurou a Polícia Militar (PM), Adriano Antônio da Silva estava conduzindo um Passat pela Rua Vicente Ventrella, levando sua esposa Beatriz como passageira quando perdeu o freio do veículo que bateu lateralmente (abalroamento) contra um Monza que tinha no volante o industriário Jonas Braga Albuquerque, de 45 anos, que estava ao lado de sua mulher Karina.
Em razão do acidente os dois homens passaram discutir e acabaram entrando em luta corporal. O irmão de Adriano chamado Rodrigo Antunes da Silva, de 20 anos, ao visualizar o entrevero, saiu em seu socorro e usando um pedaço de madeira (para fazer cerca), passou a agredir Jonas Albuquerque.
Vendo-se em desvantagem, Jonas saiu correndo, chegou até sua a casa na Rua José Genoíno (antiga Rua 1) e como estava sem as chaves teve que arrombar a porta da sala para poder entrar e pegar um revólver calibre 38. Encontrou os dois irmãos na Rua Ana Vieira e passou a disparar a arma dando vários tiros. Um deles atingiu cabeça de Adriano Silva, na altura do nariz, que caiu no asfalto.
O irmão que o acompanhava fugiu entrando em um matagal. O autor dos disparos desapareceu levando consigo a arma do crime. Ferido, gravemente, Adriano Silva foi conduzido ao Pronto Socorro (PS) da Unesp de Botucatu, mas não resistiu aos ferimentos e veio a falecer logo após dar entrada ao hospital.
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