Pelas características do crime não temos dúvidas de que houve aqui uma execução sumária, provavelmente, por dívida com entorpecentes. Foi esta a afirmação do delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Celso Olindo com relação a dois assassinatos simultâneos ocorrido na madrugada desta quinta-feira (29) em uma edícula que fica nos fundos da casa de número 121, na Rua dos Pracinhas de Botucatu (antiga Rua 18), na Cohab I. Nesse cômodo foram encontrados os cadáveres de Elidiano Costa Ximenes, o Gordinho, de 27 anos e Levi Inácio Luiz, de 20 anos.
A operação começou no início da tarde quando os agentes do Grupo de Ações Preventivas Especiais (GAPE) da Guarda Civil Municipal, Pimentel, Adeilson e Rezende, foram acionados para comparecer ao local onde havia denúncia de que um assassinato havia ocorrido, durante a madrugada.
Ao chegarmos a casa fizemos uma vistoria geral e ao entrarmos na edícula encontramos os corpos com diversas perfurações causados por uma pistola calibre .380. Várias cápsulas deflagradas estavam espalhadas pelo local, lembra o inspetor Pimentel, que foi o primeiro a chegar ao local com os agentes Adeilson e Rezende.
A Polícia Técnica e Científica detectou que Elidiano Ximenes estava com dez perfurações de bala espalhadas pelas costas, peito, braços e cabeça. Já Levi Luiz estava com seis perfurações (costas, peitos e cabeça). Ou seja, o assassino descarregou a pistola (de 16 tiros) contra os dois homens. Ainda nesse cômodo foi encontrado porções de maconha e cocaína.
Uma particularidade levantada pela polícia é que casa da frente está desabitada e é comum entrar gente no local para praticar sexo e consumir entorpecentes. Nesse mesmo local já foi realizado mandado de busca e apreensão por denúncias de tráfico de entorpecentes. Vamos agora procurar fazer um levantamento das pessoas que frequentavam o local, adiantou o capitão da PM, José Semensati, que já recebeu uma informação sobre um suspeito de ter cometido o crime. Chegou uma informação ao Comando da Polícia Militar (COPOM) e nós estamos checando juntamente com a DIG e Guarda Municipal, disse.
Vizinhos alegaram que por volta das 5 horas da manhã ouviram diversos tiros, mas não se lembram de nenhuma discussão antes dos disparos. Eu acordei assustado com o barulho, porque meu quarto fica próximo da edícula e os tiros quase me deixaram surdo. Esperei uns minutos e saí para fora, mas não vi ninguém e voltei a deitar, conta o morador de nome Osvaldo.
A polícia está convicta de que as balas saíram da mesma arma, o assassino conhecia as vítimas e não teve nenhuma dificuldade em subir a escada, chegar até a edícula e pegar os dois homens de surpresa. Os vizinhos escutaram os tiros, mas ninguém afirma ter ouvido algum tipo de discussão. Então, deduzimos que a ação foi rápida e durou poucos minutos, frisou delegado Celso Olindo. Estamos no início do trabalho investigativo e temos a certeza que iremos elucidar o crime nos próximos dias, acrescentou.
Fotos: Valéria Cuter
Compartilhe esta notícia