A Polícia Militar Rodoviária registrou na tarde de sábado, dia 08, um caso flagrante de Estelionato e Associação Criminosa na Rodovia Castelo Branco, km 191, sentido interior-capital no município de Pardinho. Durante patrulhamento pela SP-280, a Equipe do Tático Ostensivo Rodoviário-TOR recebeu informações de que dois homens envolvidos em crime de estelionato em Bauru estariam em fuga para São Paulo em um ônibus de linha regular.
As características físicas e as vestes dos indivíduos foram repassadas aos policiais rodoviários. Tal crime havia ocorrido por meio de clonagem de cartões bancários em terminais de caixas eletrônicos e após isso os indivíduos fizeram compras em mercados do município.
De posse das informações, a equipe TOR, apoiada por uma viatura da Polícia Militar Rodoviária, abordou um coletivo que fazia o itinerário Bauru x São Paulo próximo de um posto de combustíveis na no km 191 da Castello Branco.
Ao vistoriarem o local dos passageiros, os policiais militares rodoviários se depararam com dois homens acomodados nas poltronas 37 e 38, que pelas características passadas e vestes eram os homens que haviam fugido de Bauru. Um dos comparsas já havia sido preso em Bauru. Indagados separadamente, inicialmente deram versões contraditórias sobre a viagem que faziam, mas, posteriormente, confessaram a prática delituosa em conluio com outras pessoas.
A ocorrência foi encaminhada ao CPJ de Bauru, onde foram tomadas as providências de Polícia Judiciária referente ao flagrante do crime de Estelionato (Art 171 do CP) e Associação Criminosa (Art 288 do CP). Eles foram presos e encaminhados à cadeia Pública de Avaí.
Foram apreendidos a chave do veículo abandonado pela quadrilha, R$1.700,00 em notas de 50, valor provavelmente oriundo de saques com cartões clonados. Também foi encontrado um cartão bancário sem identificação de cliente. Com o homem preso anteriormente em Bauru, já havia sido localizado, no veículo que abandonaram, duas máquinas para clonagem de cartões entre outros objetos.
O golpe:
Essas quadrilhas agem em várias pessoas, sendo que cada uma fica responsável por um procedimento, como instalar algo no caixa eletrônico para travar o cartão da vítima, outro que seleciona a vítima, aproxima-se para ajudar a inserir o cartão que está “travando”. Nesse momento ocorre a clonagem dos dados do cartão bancário da vítima, pois nesse caso, provavelmente, outro integrante da quadrilha tem o aparelho para clonar os dados (“chupa cabra”) e o que está aparentemente ajudando vítima está com um cartão nas mãos que já não é o da vítima, apenas a iludindo.
Após isso, troca-se novamente os cartões, devolvendo o da vítima que já foi clonado, retira-se o material que utilizou para travar o local onde se insere o cartão bancário. Após isso, a vítima pode utilizar normalmente, acreditando até que foi ajuda pelos marginais.
A Polícia Militar orienta as pessoas a não aceitarem a ajuda de estranhos. Os cidadãos que possuem parentes, amigos idosos ou com dificuldades na utilização dos caixas eletrônicos, que os acompanhe. Ao observar a movimentação de estranhos dentro e fora dos caixas eletrônicos não utilize o terminal, saia e ligue para a Polícia Militar.
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