Repercussão nacional nas maiores redes de televisões do País. Foi esse o resultado da prisão de Lauro Borges Pereira, de 48 anos de idade, ocorrida na madrugada da última segunda-feira, por volta das 1h50, em Botucatu. Ele queria de todas as maneiras ser preso alegando que precisava ver o filho (Wellington Pereira) que estava recolhido na Cadeia Pública há uma semana, por ter roubado um telefone celular.
Pereira adentrou ao Posto de Gasolina Eldorado, na Rua Major Matheus, Vila dos Lavradores e jogou, propositalmente, sua caminhonete S-10, com placas de Botucatu, contra uma viatura da Polícia Militar que estava estacionada para abastecimento.
Quando foi detido no posto de gasolina após forçar a colisão, Lauro saiu de sua caminhonete e estendeu as mãos aos policiais. Podem me algemar porque eu quero ser preso para ver meu filho, teria dito o indiciado aos policiais. Porém, se tornou agressivo e passou a ofender os PMs com palavras de baixo calão e foi necessário o uso de força física moderada para contê-lo.
A reportagem do {n}Jornal Acontece Botucatu{/n} esteve no local poucos minutos após a colisão e acompanhou o processo de prisão do acusado. Vários setores da imprensa do Estado de São Paulo solicitaram as imagens gravadas do acidente e do indiciado.
E o caso teve repercussão maior em razão de Lauro Pereira, pouco antes de jogar a caminhonete contra a viatura ter ligado para o telefone 190 (emergência) da Polícia Militar e feito um diálogo com o PM que estava de plantão, pedindo, desesperadamente, para ser preso. Esse áudio (ver video abaixo) virou febre na internet. A foto de Lauro que aparece no vídeo foi tirada pela reportagem do {n}Acontece Botucatu{/n} quando ele estava detido na cela do Plantão Permanente.
Também está descrito no Boletim de Ocorrência (BO) confeccionado pelo delegado Emerajal Torres, que Pereira ao chegar no Plantão desferiu um soco contra o rosto do investigador da Polícia Civil e, novamente, foi usada força física para acalmá-lo e conduzi-lo ? cela. Pereira, já respondeu processo e foi preso por prática de homicídio (artigo 121 do Código Penal Brasileiro).
O delegado elaborou o BO enquadrando Pereira em crimes de danos ao patrimônio público, desacato, desobediência, embriaguês ao volante e lesão corporal. Antes do clarear do dia, Pereira conseguiu o seu objetivo, ou seja, ser recolhido ? Cadeia Pública de Botucatu, onde permanece ? disposição da Justiça.
{n}{tam:25px}Pai e filho ficam na mesma cela{/tam}{/n}
Alegando evitar um problema interno, o diretor da Cadeia de Botucatu, delegado Geraldo Franco Pires, tomou a decisão de colocar pai e filho, na mesma cela, juntamente com outros dez detentos.
“Determinei essa situação (de unir os dois) porque o pai só fez tudo o que fez porque queria ficar com o filho. Acredito que separar os dois poderia gerar problemas internos, justificou Franco Pires.
O delegado não sabe por que o pai queria ser preso para proteger o filho já que não houve reclamação por parte dele com relação ? sua segurança, ou maus tratos. Eles deverão permanecer em Botucatu até que sejam colocados em liberdade, já que não há solicitação para que sejam transferidos para outra cadeia.
{n}Confira alguns dos vídeos com a repercussão dos fatos:
Jornal Nacional:
J10 – Globo New’s:
Jornal da Globo:
Fotos: Macaru