Um crime denunciado pela Promotoria Pública da Comarca de Botucatu, como homicídio doloso duplamente qualificado, será submetido ao crivo de um júri popular, formado por sete pessoas (entre homens e mulheres) da sociedade nesta quinta-feira (27), no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil Subsecção de Botucatu. Na presidência dos trabalhos estará autuando o juiz substituto da 2ª Vara, Edson Lopes Filho, tendo como escrevente Eliane Camarinho Pilan.
O acusado que irá sentar-se no banco dos réus é Severino José Rodrigues, hoje com 54 anos de idade, apontado como autor do assassinato cometido contra Hélio Jesus de Carvalho, ocorrido no dia 31 de agosto de 1999, na Rua Augusto Cesar, nº 175, no Município de Pardinho.
Descreve a denúncia que Severino Rodrigues mantinha um relacionamento amoroso com uma mulher chamada Maria Aparecida, que residia em um cômodo nos fundos de sua casa e, no passado, já havia sido amásia de Hélio Carvalho.
No dia dos fatos Hélio teria ido ? casa de Severino para conversar com Maria Aparecida na tentativa de reatar o relacionamento. Entretanto, a mulher não quis atendê-lo e a recusa acabou gerando uma discussão acalorada entre os dois homens, que entraram em luta corporal. Severino, então, teria se apoderado de um facão e desferido golpes contra o desafeto causando-lhe ferimentos que o levaram ? morte.
O advogado criminalista Roberto Fernando Bicudo, designado para fazer a defesa de Severino, irá tentar convencer os jurados para que as qualificadoras (agravantes do crime) sejam retiradas e que o réu seja julgado por homicídio simples, ocasionado por violenta emoção, para se defender das agressões que teria sofrido.
Contrapondo os argumentos da defesa estará atuando em plenário como represente do Ministério Público, o promotor de Justiça, Marcos José de Freitas Corvino, que deverá, na sua explanação ao Conselho de Sentença (jurados), pedir a condenação do denunciado, mantendo as qualificadoras.
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