Depois de serem informados de que um caso de espancamento contra uma mulher estava ocorrendo em uma casa na Rua Damião Pinheiro Machado, na Vila São Luiz, os agentes Amâncio e Pires, da Guarda Civil Municipal (GCM), realizaram na manhã desta quinta-feira (13) a prisão em flagrante de Maurício de Almeida Fernandes, de 40 anos de idade.
Quando os guardas chegaram ao local, uma mulher de nome Elizabete Inocêncio, de 32 anos de idade, havia sido espancada com socos e pontapés e estava com vários hematomas pelo corpo. O casal foi encaminhado ? Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e apresentado ? delegada titular, Simone Alves Firmino. Essa mulher já é conhecida nos meios policiais, por prática de furtos e agressão.
Na delegacia a mulher revelou que vive maritalmente com Fernandes há 3 anos e já sofreu muitos espancamentos por parte do companheiro, que, segundo ela, é viciado em crack. Ele me obriga a ir todos os dias nos farol (semáforo) pedir dinheiro nos carros. Tudo que eu ganho ele pega pra comprar crack. Ele não trabalha e já vendeu tudo que tinha na casa, até os fios elétricos, disse a mulher. Hoje a guarda foi na minha casa e prendeu ele. Eu também fumo crack, mas tenho controle, disse a mulher.
Maurício Fernandes que, inicialmente, alegou que só falaria em juízo, aceitou falar com a reportagem e reconheceu que está viciado em crack mas nega ter espancado a mulher. Eu fumo pedra (de crack) mesmo, senhor! Mas não bati nela (na Elizabete), não. Ela fala demais e quer me prejudicar, disse o indiciado, que garantiu que havia arrumado um emprego de funileiro e ia começar a trabalhar nesta sexta-feira. Agora preso não dá, né?, disse
O indiciado tem uma extensa ficha criminal onde constam crime como roubo, furto, tráfico de entorpecentes, lesão corporal, desacato e até homicídio que lhe custou uma pena de 7 anos de reclusão, sendo que cumpriu 3 anos e meio e foi colocado em liberdade. Falou sobre este crime.
Matei um cara que estava perturbando minha família. Matei bem! Com facadas, mas já paguei por tudo, senhor! Sou matador (mostra uma tatuagem de caveira que tem no dorso da mão esquerda) e não tenho medo de nada. Meu mal é o crack, senhor! Já fiz tratamento lá na Unesp, mas não agüentei ficar sem pedra (de crack). Sei que daqui vou pra cadeia e quando sair vou trabalhar e vou querer voltar pra minha mulher, mas prometo que não vou bater nela, não!
A delegada Simone Firmino, após colher o depoimento do acusado, fez o seu enquadramento em crime de lesão corporal dolosa e ameaça, determinando seu recolhimento ? Cadeia Pública de Conchas, onde permanece ? disposição da Justiça.
Fotos: Valéria Cuter
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