

Um homem de 45 anos morreu ao ser baleado pelas costas, na madrugada desse domingo (27), em frente a uma boate, na região da Vila Cidade Universitária, em Bauru. Antônio Marcos Procidônio parou o carro para defender uma mulher que estava sendo agredida. A esposa da vítima, que pediu para não ser identificada, levou um tiro na perna esquerda, mas passa bem. No mesmo dia, a Polícia Civil esclareceu o crime.
Conforme consta no registro da polícia, o autônomo passou em frente à casa noturna, situada na quadra 20 da avenida Nações Unidas, e teria avistado uma mulher sendo agredida por um homem. Procidônio estava acompanhado da esposa, do filho e da nora. Mesmo assim, desceu do carro para defender a jovem.
Para tanto, começou a lutar com o agressor. Nesse momento, um terceiro homem sacou uma arma e atirou diversas vezes, atingindo Procidônio pelas costas e sua esposa na perna esquerda. Em seguida, a mulher, o agressor e o autor dos disparos fugiram, tomando rumo ignorado.

O próprio filho da vítima, de 21 anos, a levou até o Pronto-Socorro Central (PSC), onde veio a óbito. Já a esposa de Procidônio, de 28 anos, foi encaminhada à mesma unidade de saúde por uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ainda ontem, ela foi atendida e liberada. O corpo do autônomo está sendo velado no Velório Municipal Liberato Tayano, ao lado do Cemitério da Saudade, na Vila Cardia, e será sepultado hoje, às 11h, no Cemitério Redentor. Ele deixou esposa, quatro filhos e duas netas.
ESCLARECIMENTO
O titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Eduardo Herrera dos Santos, revela que, graças ao trabalho de inteligência da Polícia Civil, o crime foi esclarecido no mesmo dia em que ocorreu. Dois homens apontados como autores tiveram suas prisões temporárias decretadas. Como estão foragidos, suas identidades não serão divulgadas para não atrapalhar as investigações.
Herrera acrescenta, ainda, que a briga se deu, inicialmente, entre duas mulheres. Em seguida, um homem interferiu e agrediu uma delas. “A vítima parou o carro, desceu e deu uma cotovelada no homem. Este, por sua vez, pediu para que o amigo sacasse a arma que guardava na cintura e atirasse”, narra. Segundo o delegado, o homicídio – tentado e consumado – é duplamente qualificado, já que impossibilitou defesa das vítimas e o motivo foi fútil. “Fica a orientação de que, se presenciar uma briga, o correto é chamar a polícia, ao invés de colocar a própria vida em risco”, finaliza.
‘Ele só quis defender a moça’
A esposa do autônomo Antônio Marcos Procidônio revela que o homem era justo. “Meu marido não admitia atitudes erradas, principalmente, homem agredir mulher. Ele só quis defender a moça”, desabafa. Ela, o autônomo, seu filho e sua nora saíram para dançar em uma boate situada na avenida Duque de Caixas.
Na saída, eles passaram pela casa noturna da quadra 20 da avenida Nações Unidas, com o intuito de seguir até a residência onde vivem, localizada na região do Núcleo Geisel. Procidônio entregava hortaliças e, com seu trabalho, sustentava toda a família. “Era um marido excelente, um pai exemplar e uma pessoa justa. Não sei o que faremos sem ele”, desabafa a esposa.
Fonte JCNET
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