Greve deixa clima tenso na Fundação CASA

Polícia
Greve deixa clima tenso na Fundação CASA 21 abril 2014

Embora mantenha 70% dos serviços em operacionalidade por determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e apenas 30% parados, a greve dos funcionários da Fundação de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA) do Estado de São Paulo, antiga Fundação Estadual do Bem Estar do Menor (Febem), iniciada no último dia 10 atinge 148 unidades de São Paulo, entre elas a de Botucatu.

A paralisação mantém o clima cada dia mais tenso. Os serviços essenciais como os de higiene e alimentação estão mantidos, mas o transporte e atividades extras estão suspensas e os internos são mantidos em seus quartos/celas. Unidade local tem capacidade para abrigar 56 adolescentes (16 em internação provisória e 40 em internação), com idade entre 12 a 21 anos.
Funcionários da Fundação de Botucatu permanecem reunidos em frente ? unidade do município com faixas e cartazes por recomendação do Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação ? Criança, ao Adolescente e ? Família do Estado de São Paulo (Sitraemfa).

Os trabalhadores reivindicam reajuste real de 53,63%, reposição de perdas, isonomia do Plano de Cargos e Salários e, principalmente, aumento da segurança nos locais de trabalho. Já o governo propôs reajuste salarial de 6,17% além de um reposicionamento por ajuste de curva de 2,2%, aumento do vale-refeição para R$ 350,00 por mês e do vale-alimentação para R$ 105,94 mensais, a equiparação do cargo de agente educacional com o de analista técnico, entre outros benefícios.

Em entrevista ao Acontece um dos funcionários que pediu para não ser identificado temendo represálias revelou que só quem trabalha nessa instituição sabe o perigo que corre todos os dias. Segundo ele, é comum os adolescentes agredirem verbalmente e moralmente funcionários e educadores.
“Além disso, a CASA de Botucatu está com 64 internos e sua capacidade é de 56. Vários internos já completaram a maioridade (18 anos) e continuam aqui ao invés de serem transferidos para uma cadeia comum. O clima está tenso!”, relatou o funcionário. “Sabe quanto custa cada interno para o estado? Mais de R$ 6 mil mensais, muito mais do que o salários de professores e educadores”, completou.

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