Uma operação desencadeada pela Guarda Civil Municipal (GCM) com apoio de policiais do 1º Distrito Policial (DP) resultou na apreensão de uma grande quantidade de fogos de artifício que estavam armazenados em dezenas de caixas em uma casa nos fundos da Casa da Época, na Rua Amando de Barros, nº 1393, região central da cidade. Foram 9.249 itens de fogos como morteiros, bombas e rojões, avaliados em R$ 53.428,50.
Segundo o comandante Paulo Renato, da GCM, a operação foi preparada após uma denúncia anônima protocolada pelo Corpo de Bombeiros. Revela que tinha informação de que nos fundos da loja comercial havia um estoque de fogos armazenados em caixas, mas desconhecia a quantidade.
Apreendemos dezenas de caixas de fogos. Muito mais do que gente estava prevendo. Além da venda ser ilegal, aquele material é altamente inflamável e poderia gerar um incêndio com explosões de grandes proporções, atingindo não só a casa que servia de depósito, como também outras casas circunvizinhas. A loja está localizada no coração do maior centro comercial da cidade, colocou o comandante da GCM.
A proprietária do estabelecimento comercial chama-se Márcia Fonseca, mora em São Paulo, tem outras lojas semelhantes e vem esporadicamente ? cidade. A loja é administrada por quatro funcionárias e o contato diário com Fonseca é feito por telefone, inclusive compra e venda de produtos relacionados a diferentes épocas do ano.
A atendente administradora Maisa, diz que a venda dos fogos de artifícios em grande escala acontece em duas épocas distintas do ano: nas festividades de Natal e Ano Novo e festas juninas. Depois disso o material é estocado. Se um cliente pede fogos fora da época da demanda, a gente vai até o depósito e vende, mas o material não fica exposto na loja. Por isso aqui as peças são da época. Agora, por exemplo, a loja está cheia de fantasias e inúmeros objetos referentes ao carnaval. Quando terminar o carnaval todo material vai para o estoque e fica lá até o ano seguinte, conta Maisa.
Todo material apreendido na loja foi conduzido ao 1º Distrito Policial, onde foi catalogado. O delegado José Sérgio Palmieri fez a confecção do Boletim de Ocorrência (BO) e vai encaminhar os produtos inflamáveis para um local seguro para que seja, posteriormente, destruído, com todas as medidas de segurança. A proprietária da loja deverá responder processo por comercializar produtos ilícitos, com venda proibida no mercado.
Fotos: Jornal Acontece Botucatu
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