Os cerca de 13 mil funcionários da Fundação do Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA) de São Paulo, entre eles os que trabalham na unidade de Botucatu, decidiram suspender a greve, iniciada no dia 10 de abril. Mesmo sem um acordo formalizado a decisão foi tomada em uma assembleia realizada esta semana. Os trabalhadores retornaram aos seus postos na quinta-feira (24), mas as negociações por melhorias trabalhistas continuam.
Segundo o Sitraemfa (Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação ? Criança, ao Adolescente e a Família do Estado de São Paulo), a legalidade da greve foi julgada nesta quarta-feira, antes da assembleia. Os grevistas aceitaram um pedido do juiz e entraram em estado de greve, como é chamada esse tipo de pausa. Caso os trabalhadores e o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) não entrem em acordo durante este período, a greve poderá ser reiniciada.
No início da semana o clima ficou tenso em Botucatu. Isso porque os serviços essenciais como os de higiene e alimentação foram mantidos, mas o mesmo não aconteceu com o transporte para audiências e atividades extras e os internos permaneceram mantidos em seus quartos/celas. Unidade local tem capacidade para abrigar 56 adolescentes (16 em internação provisória e 40 em internação), mas está com mais de 60.
Trabalhadores reivindicam reajuste real de 53,63%, reposição de perdas, isonomia do Plano de Cargos e Salários e, principalmente, aumento da segurança nos locais de trabalho. Já o governo propôs reajuste salarial de 6,17% além de um reposicionamento por ajuste de curva de 2,2%, aumento do vale-refeição para R$ 350,00 por mês e do vale-alimentação para R$ 105,94 mensais, a equiparação do cargo de agente educacional com o de analista técnico, entre outros benefícios.
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