Na noite desta terça-feira a Guarda Civil Municipal (GCM) em trabalho conjunto com a Polícia Civil, esclareceu a um caso registrado, inicialmente, como roubo cometido nas proximidades da Rua Major Matheus, na continuidade da Avenida Vital Brazil, região que separa o centro da cidade com a Vila dos Lavradores.
O crime foi arquitetado por duas mulheres que trabalham na empresa de ônibus Fênix. São elas: a chefe do escritório da empresa no Terminal Rodoviário, Ana Duarte, que mora em São Manuel e trabalha em Botucatu e a sub-chefe Liliana Roberto Luiz. A farsa foi esclarecida por volta das 20h30.
O trabalho policial constatou que Ana Duarte estava devendo R$ 7 mil ao caixa da empresa em razão de ter cometido vários furtos regulares em dias alternados. Não tendo como pagar a dívida e não querendo confessar os delitos, ela procurou Liliana, expôs seu problema e ambas arquitetaram um assalto forjado.
Liliana procurou um indivíduo de nome Ricardo (que está foragido) e este, por sua vez, contratou um adolescente de 17 anos de idade para efetuar o roubo. À tarde, Liliana saiu da empresa, no Terminal Rodoviário, com um malote de R$ 4 mil. Porém, no documento da empresa constava ? saída de 14 mil para depósito. A diferença seria para pagar a dívida de Ana para com a empresa. Os R$ 4 mil do malote seriam divididos entre Liliana, Ricardo e o adolescente.
Então, Liliana saiu da empresa para depositar o dinheiro no Banco Itaú, na Vila dos Lavradores, mas antes que chegasse ao Pontilhão da Fepasa, para entrar na Rua Major Matheus, foi surpreendida pelo adolescente que a empurrou ao chão, apanhou a bolsa onde estava o malote e fugiu em disparada, tomando caminho da antiga estação ferroviária.
Com a chegada da GCM a mulher relatou as características físicas do assaltante e foi ? partir daí que o crime passou a ser desvendado. Isso porque a descrição do marginal coincidia com a de um adolescente de 17 anos de idade, muito conhecido dos guardas e que já havia sido detido várias vezes por prática de diversos furtos. Por isso, os guardas em trabalho de patrulhamento localizaram o menor. Ao ser questionado sobre o crime ele acabou confessando sua autoria e foi encaminhado ? Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
Na delegacia o adolescente revelou que o crime havia sido combinado e ele sabia o horário e o trajeto que a funcionária da empresa iria fazer. Embora tenha confessado o crime, o adolescente garantiu que não sabia quanto dinheiro tinha nesse malote. Disse que receberia R$ 500,00 pelo trabalho e apontou o local onde havia dispensado a bolsa, mas o malote com os R$ 4 mil não foi localizado. Ele garantiu que jogou o malote na casa de um amigo seu (Ricardo), que agora está sendo procurado.
Foi uma ação desenvolvida em conjunto entre a Guarda Civil Municipal e Polícia Civil muito bem trabalhada. Felizmente, conseguimos juntar as peças deste quebra-cabeça e elucidar o crime. Com isso, os criminosos foram identificados e entregues ? Justiça, comemorou Paulo Renato, comandante da Guarda Civil Municipal.
Fotos: Valério A. Moretto
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