Durante patrulhamento pela região da Vila Mariana, na noite desta sexta-feira (3), a equipe de Força Tática da Polícia Militar (PM) composta pelo Tenente Sayki e soldados Carlos Alberto e Cardoso visualizaram um indivíduo em atitude suspeita em frente a um terreno baldio pela Rua Maria Joana Felix Diniz e optaram pela abordagem e revista pessoal.
O averiguado foi um garoto de 17 anos de idade já conhecido nos meios policiais e encontrado no bolso de sua calça duas pedras de crack e R$ 78,00 em dinheiro. Em conversa com os policiais militares o adolescente acabou confessando que, realmente, estava vendendo entorpecentes e indicou um local no terreno baldio onde havia ocultado mais 31 papelotes de cocaína e 27 pedras de crack.
O adolescente infrator foi conduzido ao Plantão Permanente da Polícia Civil, juntamente, com a sua avó materna onde foi sindicado por flagrante de tráfico de entorpecentes pela delegada Simone Alves Firmino e encaminhado a Cadeia Pública de São Manuel onde aguardara vaga para ser internado na Fundação CASA (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente).
{n}{tam:25px}Menores no tráfico{/tam}{/n}
O trabalho realizado pela Polícia Militar traz ? tona o problema do envolvimento de adolescentes com o tráfico de entorpecentes. Para o Juiz da Vara da Infância e Juventude, Josias Martins de Almeida Júnior, muitos acabam entrando para a criminalidade, incentivados principalmente por traficantes que oferecem o ganho do dinheiro fácil e eles são levados ao crime, pois vêem a possibilidade de sustentar suas famílias e na maioria dos casos sustentar o próprio vício ocasionando um grave conflito social.
A inclusão de adolescentes no tráfico de entorpecentes em Botucatu, no contexto atual, é preocupante. Quase todos os atos infracionais praticados por adolescentes estão relacionados ao tráfico. Posso dizer que são 85% dos casos. É preocupante porque o tráfico tem acabado com a infância, tem acabado com a juventude do adolescente e afetado diretamente sua família, diz o magistrado.
Revela que as drogas, principalmente o crack, é um fator decisivo na prática do crime e os atos infracionais mais graves envolvendo adolescentes como roubos, sequestros, homicídios, latrocínios, extorsão, estão relacionadas ao uso de drogas. Por causa disso, têm sido rigoroso com essa situação e aplicado medidas de internação para que o adolescente tenha um atendimento médico, psicológico e de drogadição.
Muitas vezes ao internar um menor por um determinado período, estamos, sim, protegendo sua vida. E não podemos nos esquecer que o adolescente que vem de uma família desestruturada está mais vulnerável para entrar na criminalidade. Tirar o adolescente desse ambiente é a nossa obrigação, é obrigação da sociedade, completou o juiz.
Compartilhe esta notícia