Em julgamento de 12 horas, justiça absolve três homens do crime de homicídio em Botucatu

Polícia
Em julgamento de 12 horas, justiça absolve três homens do crime de homicídio em Botucatu 04 março 2016

Um dos acusados foi condenado por lesão corporal seguida de morte, outro por ocultação de cadáver e o terceiro absolvido de todos os crimes.

Em julgamento que começou pela manhã, e terminou somente na noite desta quinta, 03, o Tribunal do Júri em Botucatu absolveu do crime de homicídio Francisco Pereira da Penha, Welligton Pereira de Araújo e Claudio César Tomazeli pela morte de Ismael Lourenço Júnior. O incidente se deu entre os dias 9 e 10 de abril de 2014 na Vila Ema.

Trabalharam na defesa dos acusados os advogados Milton Ribeiro Nogueira Junior, Vitor Deleo e Leandro Gorayb. Na acusação estava o Promotor de Justiça Dr. Marcos José de Freitas Corvino. Os trabalhos foram presididos pelo Juiz Presidente do Júri Dr. Henrique Alves Correa Iatarola. No júri estavam sete pessoas da sociedade civil escolhidas em uma seleção antes do início. Os nomes serão preservados. O julgamento foi cansativo, e após depoimentos, debates, réplicas e tréplicas, o júri se reuniu e votou pela culpa dos réus, cabendo ao Juiz sentencia-los com a aplicação da pena. 

Relembre o caso

Ismael Lourenço Júnior, então com 37 anos, morreu na noite do dia 09 de abril de 2014, sendo que seu corpo foi achado três dias depois. Após desentendimentos com os acusados Francisco Pereira da Penha, o Ceará (35); Wellington Pereira de Araújo (37) e Cláudio Sérgio Tomazeli, o Claudinho (35), a vítima sofreu uma pancada na cabeça com um pedaço de madeira, golpe desferido por Francisco, que afirmou que jamais teve a intenção de matar.

A operação para elucidação do crime contou com os policiais militares Sargento Rosivaldo e Soldados Alex e Angélica, com o apoio do Tenente Malagute, Cabos Oliveira e Paulino e Soldado Carvalho. O Dr. Lourenço Talamonte Neto era o delegado de plantão, e ordenou a prisão dos acusados à época dos fatos para o início do Inquérito Policial.

Tudo começou quando os policiais em patrulhamento foram informados de que o corpo de uma pessoa havia sido jogado à beira do Ribeirão Água Fria, na região da Vila Ema. Após a morte de Ismael, os acusados teriam colocado o corpo da embaixo de um sofá velho a atearam fogo, para que o corpo sumisse por completo, o que não ocorreu.

Eles então enrolaram o cadáver parcialmente carbonizado em um cobertor e jogaram à beira do ribeirão. Claudio César Tomazeli afirma que não participou de nada naquela noite.

As penas

Após as perguntas finais feitas pelos advogados, o júri se reuniu e entendeu que o crime de homicídio seria desqualificado para os três acusados. Dessa forma, as penas aplicadas pelo Juiz Dr. Henrique foram as seguintes:

Francisco Pereira da Penha –  4 anos de detenção pelo crime lesão corporal seguida de morte, mais um 1 ano pelo crime de ocultação de cadáver.

Welligton Pereira de Araújo – Absolvido do crime de homicídio, pegando 1 ano de detenção pelo crime de ocultação de cadáver.

Claudio César Tomazeli – Foi absolvido de todas as acusações.  

Fotos: André Godinho  

 

 

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