Alexandre Michelotti Matsuzaki, de 30 anos de idade, conhecido como Japonês ou Xandão, foi preso na tarde desta terça-feira (11) na Avenida Dante Delmanto, na Vila Paulista, numa operação realizada pelos policiais Marcos e Vitor, do Serviço de Inteligência da Delegacia de Investigações Gerais (DIG). Esse cidadão estava sendo procurado pela Justiça por crime de tráfico de entorpecentes.
Ele estava no interior de um carro Ford Ecosport, com placas de Lençóis Paulista, quando recebeu voz de prisão e não teve tempo de esboçar nenhuma reação de fuga. Estávamos fazendo campana, pois tínhamos informações que ele estaria naquela região da cidade, disse o investigador Marcos. É um marginal procurado de alta periculosidade, emendou Vitor.
Na delegacia Matsuzaki diz que não sabia que estava sendo procurado. Fui preso e paguei cadeia por tráfico de entorpecentes de 2006 a 2009 e fiquei limpo. Se soubesse disso (que estava sendo procurado), não teria dado mole numa avenida movimentada como aquela. Vim a Botucatu apenas para fazer uma revisão no carro, lamentou.
Matsuzaki, que teve o mandado de prisão decretado pela Justiça no mês passado, é apontado como integrante de uma quadrilha de Lençóis Paulista que foi desmantelada há menos de 30 dias numa megaoperação da Polícia Civil, onde 40 pessoas foram presas e apenas quatro escaparam. Matsuzaki seria uma delas, segundo a polícia.
Esta megaoperação contra o tráfico de drogas teve envolvimento de pessoas ligadas a diferentes segmentos da sociedade lençoense e a polícia monitorava a quadrilha há três meses que atuava em quatro pontos de venda de drogas na cidade. A Justiça autorizou 36 mandados de busca e apreensão e mobilizou uma força-tarefa composta de mais de 160 policiais civis de cinco cidades da região para prender os envolvidos.
Na operação comandada pelo delegado Luiz Cláudio Massa foram apreendidas 220 pedras de crack, R$ 10 mil em dinheiro, três veículos, duas motos e dois carros de luxo. Ao todo foram 27 homens, seis mulheres e sete adolescentes apreendidos e levados ? Fundação Casa.
O delegado informou que das pessoas presas, quatro são consideradas lideranças do tráfico no município. Três foram presas junto com as suas mulheres, autuadas também por associação ao tráfico. Os pontos de tráfico funcionavam em dois bares, em uma praça em frente a uma biblioteca e próximo a um dos principais clubes sociais da cidade. Havia um esquema em um dos pontos em que o vendedor de droga tinha direito aos melhores horários conforme o desempenho dele na venda do entorpecente, explica Massa. Outras pessoas envolvidas com esta quadrilha serão presas, oportunamente, complementou.
Foto: Valéria Cuter
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