DIG esclarece: enteado assassinou padrasto

Polícia
DIG esclarece: enteado assassinou padrasto 26 abril 2010

Em menos de cinco horas a Polícia Civil de Botucatu, através de um trabalho desenvolvido pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), esclareceu o assassinato cometido contra Francisco Carlos Mendes da Cruz, de 35 anos de idade, ocorrido na região da Vila Real. O corpo foi encontrado na manhã de hoje, por volta das 11h30, pelos policiais militares Sinvaldo e Roma, em adiantado estado de decomposição em um bosque fechado de mata nativa, num lugar de difícil acesso.

Mendes Cruz morava na rua, mas frequentava a casa de sua ex-mulher na Vila Real. Era dependente químico (viciado em drogas) e não foram raras ? vezes em que agrediu a mulher, fisicamente e ameaçava a família com uma faca. Ele trabalhava como servente de pedreiro, mas estava afastado do serviço recebendo Auxílio Doença, do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), já há alguns meses.

O nome do assassino é Paulo Lucas Morales, de 19 anos de idade e era enteado de Mendes da Cruz que viveu muito tempo ao lado de sua mãe. De acordo com o delegado Sérgio Castanheira, a polícia já havia recebido diversos telefonemas alertando que havia um corpo naquele bosque, mas como o local era difícil acesso ele não foi localizado.

Na casa da ex-companhia de Mendes da Cruz, os policiais iniciaram a investigação e detiveram Molares para averiguação. “Estou desconfiado de que esse rapaz está envolvido no crime. Por isso vamos levar ele para a delegacia para ser interrogado”, disse o investigador Marcos, levando o suspeito. Na delegacia ele acabou confessando o crime.

Antes de ser liberado para responder o processo em liberdade, Paulo Morales, que estava assistido pelo advogado Danilo Carreira (que adiantou que irá defender a tese de violenta emoção) aceitou falar com a reportagem.

{n}Acontece{/n} – Porque você matou o seu padrasto?
{n}Morales{/n} – Ele batia em minha mãe e batia muito em mim…

{n}Acontece{/n} – Ele era violento com você?
{n}Morales{/n}- Era e me humilhava sempre…

{n}Acontece{/n} – Como foi o crime?
{n}Morales{/n} – Eu fui com ele no pasto buscar umas peças de roupa e fiz…

{n}Acontece{/n} – Fez o que?
{n}Morales{/n} – Matei…

{n}Acontece{/n} – O que você usou?
{n}Morales{/n} – Um pedaço de pau…

{n}Acontece{/n} – Quantos golpes você deu?
{n}Morales{/n} – Não sei, alguns… Dois eu acho. Eu estava bêbado.

{n}Acontece{/n} – Na hora estavam lá só você e ele?
{n}Morales{/n} – Não…

{n}Acontece{/n} – Tinha mais gente?
{n}Morales{/n} – Tinha, sim senhor!

{n}Acontece{/n} – Quem estava lá com você?
{n}Morales{/n} – Um andarilho…

{n}Acontece{/n} – Quem é ele?
{n}Morales{/n} – Não sei, eu conheço só de vista…

{n}Acontece{/n} – Não sabe o nome?
{n}Morales{/n} – Não senhor.

{n}Acontece{/n} – E onde foi o crime?
{n}Morales{/n} – No pasto…

{n}Acontece{/n} – Quando foi isso?
{n}Morales{/n} – Não sei acho que uns 15 dias…

{n}Acontece{/n} – E como o corpo foi para naquele lugar lá embaixo, no bosque?
{n}Morales{/n} – Nós arrastamos…

{n}Acontece{/n} – Nós, quem?
{n}Morales{/n} – Eu e o andarilho…

{n}Acontece{/n} – E depois?
{n}Morales{/n} – Deixei lá e vim pra casa e fiquei esperando…

{n}Acontece{/n} – E quando a polícia chegou?
{n}Morales{/n} – Fiquei quieto e falei que não era eu, mas o investigador desconfiou

{n}Acontece{/n} – E te levou pra delegacia ?
{n}Morales{/n} – É…

{n}Acontece{/n} – E você acabou confessando…
{n}Morales{/n} – Não dava mais pra esconder…

{n}Acontece{/n} – E agora?
{n}Morales{/n} – Não sei…

{n}Acontece{/n} – Boa sorte cara. Se cuida.
{n}Morales{/n} – Obrigado, senhor…

Fotos: Fernando Ribeiro

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