A Polícia Civil, através da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), já ouviu parentes e os pais da menina (20 anos o pai e 18 anos a mãe) de nome Aghata, de dois anos e três meses de idade e que morreu na sexta-feira da semana passada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Unesp de Botucatu. No exame realizado pela equipe médica que atendeu a menina foi revelado que ela tinha cocaína na urina e o caso ganhou repercussão nacional.
Os exames preliminares feitos na Unesp comprovam que havia vestígios de cocaína na urina da criança, mas para a investigação é necessário conhecermos o laudo da necropsia. Acredito que em menos de uma semana esse resultado estará em minhas mãos. Com ele poderemos dar um direcionamento na investigação, colocou a delegada titular da DDM, Simone Alves Firmino Sampaio, ressaltando que não descarta a possibilidade de que a criança possa ter ingerido droga, acidentalmente.
Existe a possibilidade de alguém ter jogado uma porção de cocaína no quintal e a menina pode te apanhado e ingerido. Se isso aconteceu, quem dispensou a droga deverá responder por crime de homicídio doloso. A Delegacia de Entorpecentes fez uma operação um dia antes na casa vizinha a dessa menina. Na fuga os traficantes poderiam ter jogado a droga no quintal onde a menina brincava. Ela teria encontrado a droga e ingerido. Mas isso são apenas hipóteses e em uma investigação policial, trabalhamos com todas as possibilidades possíveis, declarou a delegada lembrando que um tio da menina é usuário de droga.
Isso também está sendo levantado, para podermos apurar se ele teria alguma responsabilidade no crime. O tio dessa menina era usuário de droga (crack) e poderia ter deixado uma porção de droga em algum lugar da casa. Mas, como eu já disse, tudo são hipóteses e estamos no início do trabalho investigativo. Teremos uma melhor posição sobre o caso quando recebermos o laudo da necropsia, disse a delegada.
E foi esse mesmo tio da menina quem teria pedido ajuda ? equipe de resgate do Corpo de Bombeiros quando a menina começou a passar mal. Ao ver a criança desfalecida ele teria realizado respiração boca a boca na menina. Esse cidadão que não teve o nome divulgado já foi ouvido e poderá ser incriminado se for identificado que a droga ingerida pela menina era dele.
Outra suspeita levantada foi com relação ? possibilidade dessa criança ter sido molestada sexualmente, mas os exames realizados pela Unesp revelaram que ela não sofreu abuso. Também está sendo investigado o fato da menina ter sido internada outras vezes por ter problemas respiratórios. Para finalizar, foi divulgado que o casal já havia perdido outro filho de menos de um ano, por problemas respiratórios.
Foto: Fernando Ribeiro
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