O delegado Marcos Mores, titular do 2º Distrito Policial, assinou um Boletim de Ocorrência sobre uma séria denúncia feita contra a Unesp de Botucatu, especificamente, a uma equipe médica da pediatria. Segundo o BO, uma criança recém-nascida, caiu das mãos de uma médica no chão, no momento em que o parto era realizado. O caso aconteceu na tarde desta quarta-feira.
A parturiente era da Kátia Luana Paslandin Turri Juvêncio que estava acompanhada na sala por sua mãe, de nome Lucinda, que está muito traumatizada com o episódio. Quando a criança nasceu a médica pegou ela nas mãos, mas deixou cair no chão a uma altura de mais de um metro e o cordão (umbilical) se rompeu. Eu estava na sala e vi tudo. Minha neta caiu próxima aos meus pés, garante a mulher.
Prosseguindo o seu relato ela diz que a criança foi resgatada do chão e passou por um diagnóstico. A médica alegou que o coração da menina tinha batimento cardíaco fraco e que seria necessário fazer sua condução imediata para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Depois disso não ficamos sabendo de mais nada. Por isso procuramos a Justiça, frisou Lucinda.
A mulher também não aceita o argumento de que a criança tenha nascido com o batimento cardíaco fraco. Minha filha teve um pré-natal muito tranquilo a criança estava sadia. Há 15 dias atrás foi feito o ultrasom e o parto foi normal, mas, infelizmente, aconteceu isso e eu não sei o que poderá causar, desabafou Lucinda.
O pai da criança, Rafael Ulisses Juvêncio, declara que a filha está respirando com ajuda de aparelhos e ele acompanhou o parto do lado de fora. Depois que tudo aconteceu as médicas e enfermeiras que estavam na sala de parto me chamaram e disseram que a criança tinha nascido com baixo batimento cardíaco e o estado dela recomendava melhores exames para um diagnóstico e que fatos como esse (queda da criança) acontece. Isso não pode ficar assim!, desabafa Juvêncio.
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) abriu o inquérito policial para apurar os fatos e vai ouvir os acusadores e os acusados, para apurar responsabilidades. Os nomes das médicas e enfermeiras envolvidas serão mantidos em sigilo até que tudo seja esclarecido. Já a direção do Hospital das Clínicas (HC), revelou que o estado de saúde da criança é estável e irá ouvir versão dos médicos acusados antes de emitir uma nota oficial do ocorrido ? imprensa.
Foto: Valéria Cuter
{n}{red}{tam:25px}Nota oficial do Hospital das Clínicas da Unesp{/tam}{/red}{/n}
Em relação ? criança recém-nascida internada na Unidade de Cuidados Neonatais do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (HCFMB), devido a uma queda sofrida logo após o parto, a Superintendência do HCFMB, Direção Clínica e equipe da Obstetrícia esclarecem:
– A paciente realizava consultas de pré-natal no HCFMB e foi internada na unidade dia 9 de maio, com o período de gestação concluído;
– Devido a complicações de seu estado de saúde, o parto foi induzido na tarde do dia 10 de maio, com rápida evolução;
– O procedimento foi realizado no Centro Obstétrico do HCFMB, coordenado e conduzido pela equipe de anestesia e obstetrícia do hospital. Todos os profissionais envolvidos são plenamente capacitados para suas funções;
– Durante o parto, a paciente estava acompanhada de sua mãe, que permaneceu durante todo o tempo no centro obstétrico;
– No momento do nascimento, por uma fatalidade, houve uma queda do recém-nascido, que imediatamente foi atendido pela equipe da Neonatologia do HCFMB e levado para a Unidade de Cuidados Neonatais, permanecendo em leito de terapia intensiva em estado estável até o momento;
– Todas as informações sobre o estado de saúde da criança estão sendo passadas para a família e todas as providências estão sendo tomadas para que o tratamento adequado seja oferecido ao recém-nascido.
A equipe da obstetrícia, a Direção Clínica e a Superintendência do HCFMB lamentam os fatos ocorridos.
{n}Superintendência do HCFMB, Diretoria Clínica e Equipe de Obstetrícia
Botucatu, 13 de maio de 2011{/n}
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