
A cidade está entre as 20 com mais óbitos do estado na média. Veja a maior incidência de mortes por faixa etária e outros dados.

Botucatu contabilizou 18 mortes no trânsito nos últimos 12 meses, segundo dados do Infosiga SP, sistema do Governo do Estado de São Paulo em parceria com o Detran-SP. O número representa um aumento em relação ao mesmo período anterior, quando a cidade registrou 16 óbitos.
Com uma população estimada em 146 mil habitantes, o município apresenta uma taxa de 12,31 mortes para cada 100 mil habitantes, índice que a coloca na 16ª posição entre os municípios paulistas com até 150 mil habitantes com maior número de vítimas fatais no trânsito.
A faixa etária entre 20 e 24 anos é a com maior incidência de acidentes e óbitos. Esse dado reforça a importância de políticas específicas voltadas a esse público, tanto em ações educativas quanto em fiscalização.
Um dado interessante mostra que 80% das vítimas são homens. Consequentemente as mulheres somam 20% das vítimas fatais.

Em Botucatu as vítimas que conduziam motocicletas foram a maioria na estatística, com 29% dos acidentes, segundo o Infosiga. Carros somam 23%.
O sábado é o dia de semana com mais mortes, seguido do domingo. O período noturno/madrugada concentra a maior parte dos acidentes, segundo a pesquisa.
Em termos comparativos, os anos mais mortais de acidentes em Botucatu foram 2015 e 2016. Ambos tiveram 32 mortes no trânsito no município.
Na região, Jaú também aparece no ranking do Infosiga com o mesmo número de mortes (18), sendo as únicas cidades do centro-oeste paulista a figurarem no mapa de mortalidade viária estadual.
Veja todos os dados https://www.infosiga.sp.gov.br/#obitos



Ações e prevenção: o que pode ser feito?

Especialistas apontam que a combinação de educação no trânsito, melhoria da sinalização, reforço na fiscalização e intervenções urbanas pode reduzir significativamente os índices de mortalidade. Botucatu, por estar em destaque no ranking estadual, deve reforçar medidas preventivas como:
-Campanhas permanentes de conscientização, especialmente voltadas a condutores entre 35 e 50 anos.
-Ampliação da fiscalização em vias de maior risco, como avenidas de grande fluxo e zonas de travessia.
-Parcerias com empresas e instituições de ensino para promover programas de direção defensiva.
-Uso de dados do Infosiga para mapear pontos críticos e desenvolver ações localizadas.
A Prefeitura e os órgãos de trânsito locais devem usar esses dados como base para novas estratégias de redução de sinistros, buscando não apenas diminuir os números, mas salvar vidas.
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