Ataque em Botucatu: ‘Se estivesse de pé, teriam me acertado’, diz professora que teve casa atingida por 15 tiros

Polícia
Ataque em Botucatu: ‘Se estivesse de pé, teriam me acertado’, diz professora que teve casa atingida por 15 tiros 31 julho 2020

Moradora que teve casa atingida por disparos de fuzil relata momentos de pânico. Criminosos atacaram agências bancárias em Botucatu e fizeram reféns na madrugada desta quinta-feira (30).

Entre os moradores de Botucatu que viveram momentos de pânico na noite desta quarta-feira (29) durante o ataque de criminosos a pelo menos três agências bancárias, poucos viram de tão perto o perigo como a professora Luma Leme Souza. A casa onde ela mora, na Rua Rangel Pestana, teve as paredes atravessadas por pelo menos 15 balas.

A professora conta que normalmente dorme na sala, mas na noite de quarta-feira decidiu ir para o quarto. De lá, começou a ouvir o tiroteio por volta das 23h30, barulho que começou a ficar mais alto, indicando uma suposta aproximação dos criminosos.

“Liguei para o meu pai e falei que estava ficando mais perto [os tiros], aí teve um momento que eu levantei para olhar por um buraquinho da janela porque eu ouvi passos. Vi pessoas descendo de uma caminhonete e deitei na cama. Quando o primeiro tiro acertou minha casa, desci da cama que fica ao lado da janela e me joguei no chão”, relembra a professora.

A moradora destaca que um dos tiros abriu um grande buraco na parede da lavanderia de sua casa e que a situação foi de pânico absoluto. Emocionada, ela contou à reportagem da TV TEM que chegou a pensar no pior.

“Eram muitos tiros. Fiquei com medo de um deles passar pela janela e me acertar. Na minha lavanderia fez um buraco enorme. Se eu estivesse na sala ou de pé em algum cômodo, teriam me acertado”, disse.

O pai de Luna, o eletricista Hélio Silva de Souza, explicou que, por morar em uma chácara afastada da cidade, disse que só pensou em acalmar a filha e orientá-la principalmente a ficar deitada no chão.

“Estava na chácara e não podia ir pra casa dela. Quando ela ligou desesperada, falei: ‘Vai pro banheiro e deita no chão’. Eu fiquei preocupado, ainda mais depois que vi que 15 balas atravessaram a parede e foram para dentro de casa”, disse o eletricista.

Fonte: G1

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