Tiago Tadeu Faria foi um dos mentores de ataque a banco em Botucatu em Julho de 2020
Tiago Ciro Tadeu Faria, mais conhecido como “Gianecchini do crime”, foi transferido na última quarta-feira, 07, da penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná. Ele é apontado, entre outros crimes, como um dos líderes aos ataques contra bancos em Botucatu em 31 de julho de 2020.
O motivo da transferência, segundo a justiça, é a alta possibilidade de fuga. Segundo a Polícia, ele tinha envolvimento em vários roubos de repercussão a banco, conhecidos como “domínio de cidades.
Tiago ficou conhecido nacionalmente após rasgar as notas finais do Carnaval de São Paulo de 2012. Nascido em 1982, filho de uma auxiliar clínica, falecida em janeiro de 1995, e de um carcereiro assassinado em março do mesmo ano, Tiago foi criado por uma irmã mais velha. Ele é tido por autoridades da segurança pública paulista como “estrela”, uma vez que suas ações não costumam ser feitas no anonimato.
Segundo investigações da Polícia Civil paulista, ele teve envolvimento comprovado em pelo menos quatro mega assaltos de 2017 a 2020: em Lajes, no Rio Grande do Norte, onde deixou vestígios biológicos em um iogurte encontrado em um carro usado no crime.
Além de Botucatu, na região ele é apontado como um dos líderes aos ataques em Bauru, e Ourinhos. Além disso, policiais paulistas afirmam que Tiago tem uma marca registrada, que foi encontrada em outros mega-assaltos: a forma como ele amarra os artefatos explosivos é tida pelas autoridades como uma espécie de DNA deixado por ele.
Assim ele é relacionado, também, a um mega-assalto que ocorreu em Araçatuba — na data da ação, houve uma tentativa de fuga em que ele seria beneficiado. “Gianechini do crime” nega ter participado de todos os crimes em que é relacionado. E afirma, em cartas a familiares, que é perseguido.
Por meio de nota, a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) confirmou a transferência de Tiago para o Sistema Penitenciário Federal no dia 7 (Com informações do portal UOL).
Botucatu
Em 2020, uma quadrilha com cerca de 30 homens fortemente armados se dirigiu a uma agência do Banco do Brasil em Botucatu para roubá-la. Houve intensa batalha com forças policiais.
Terror, pânico e uma população assustada. Esse era o cenário em Botucatu naquela madrugada de 30 de julho de 2020.
O que os criminosos não esperavam, era que equipes do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), Deic (Departamento Especial de Investigações Criminais), Força Tática e esquadrão antibombas do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), entre outros, estavam na região naquela madrugada.
Foram mais de 3 horas intensas de troca de tiros entre criminosos e forças policiais. O valor total do roubo, de acordo com a Polícia Civil, era de R$ 3,6 milhões. O valor recuperado foi de aproximadamente R$ 1,6 milhão.
Após quase 3 anos, um total de 20 envolvidos ou suspeitos foram presos pelas forças policiais em Botucatu e outras cidades do estado. O inquérito corre na DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Botucatu. O trabalho também conta com ajuda do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais).
Gianecchini foi acusado de ter atuado no planejamento e financiamento da ação, sendo o responsável por adquirir cilindros de oxigênio e respiradores que seriam utilizados no assalto.
Compartilhe esta notícia