Acusado de assassinar taxista vai a júri popular

Polícia
Acusado de assassinar taxista vai a júri popular 02 agosto 2011

Nesta quinta-feira (4) a partir das 9 horas, sete pessoas da sociedade botucatuenses, entre as 25 convocadas pela Justiça, serão os juízes que definirão o destino do réu Célio Aparecido de Camargo, de 42 anos de idade, que foi denunciado pela promotoria pública como o autor do assassinato cometido contra o taxista Antônio Carlos Quezine.

A juíza Adriana Toyano Fanton Furukawa estará presidindo os trabalhos do júri, tendo ao seu lado a escrevente Eliane Camarinho Pilan. Na acusação, o promotor de Justiça, Marcos José de Freitas Corvino. O Conselho de Sentença é que definirá se o réu é culpado da acusação que lhe é imposta.

O crime aconteceu no dia 12 de novembro de 1994, por volta das 22 horas, na Rodovia Alcides Soares, no trecho compreendido entre Botucatu e Vitoriana, ocasião em que Quezine foi assassinado com cinco tiros. Num primeiro julgamento ocorrido em 1999, Quezine foi condenado em plenário a 15 anos de reclusão, mas o advogado Roberto Fernando Bicudo recorreu da sentença.

Segundo a denúncia, Célio Camargo teria sido contratado por uma mulher de nome Maria de Campos Pedroso com quem mantinha um relacionamento amoroso, para tirar a vida do taxista. Mesmo sendo casada a mulher também teria tido um caso com Quezine por 12 anos e arquitetou a sua morte contratando Camargo, prometendo-lhe recompensa e uma vida em comum. Ele aceitou a proposta alegando amor ? mulher. O nome do marido de Maria não será citado, já que não teve qualquer participação no homicídio. A mulher também foi denunciada como co-ré neste assassinato, mas foi julgada e absolvida.

Ainda está contido na denúncia que no dia dos fatos Camargo solicitou os trabalhos de Quezine para uma corrida até o Distrito de Vitoriana. Na volta ele teria sacado de um revólver e disparado os tiros. Depois, colocou a vítima no banco traseiro do táxi e levou seu relógio e a carteira com dinheiro e documentos pessoais para simular um assalto e dificultar o trabalho investigativo.

O advogado Roberto Fernando Bicudo, não quis adiantar qual será sua estratégia de defesa. “Há algumas contradições no processo e foi isso que contribuiu para a formatação das perguntas dos quesitos e gerar a anulação do júri anterior. Sei o caminho que vou seguir durante o julgamento para livrar o réu de uma condenação injusta”, pregou Bicudo. “Ele está em liberdade e nada desabona sua conduta. Quero mostrar para o júri que o que aconteceu foi uma fatalidade”, complementou o defensor.

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