Acidentes com motos lideram ranking de ocorrências

Polícia
Acidentes com motos lideram  ranking de ocorrências 15 junho 2013

Fotos: Valéria Cuter

O balanço divulgado essa semana do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Dpvat) aponta que nos próximos seis meses 69% dos motociclistas podem sofrer algum acidente, com lesões leves, médias ou graves. São os acidentes de trânsito, principalmente, os que envolvem motocicletas que lideram as ocorrências policiais cotidianas. Botucatu não foge a regra e em média, são registrados oito acidentes todos os dias.

Grande parte das vezes sem equipamentos de segurança, os motociclistas ficam mais vulneráveis aos acidentes de trânsito em relação aos motoristas de carro e 73% dos atendidos nos hospitais chegam com fraturas, ocupando 40% das vagas das internações. A maior parte dos motociclistas (40,6%) sofre lesões graves e a faixa etária mais afetada é 18 a 34 anos.

Os acidentes em Botucatu são atendidos pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), Polícia Militar (PM), Guarda Civil Municipal (GCM) e Corpo de Bombeiros. Não estão computados nessa estatística casos em que ocorrem acidentes e são resolvidos pelos próprios envolvidos. Com isso, os acidentes cotidianos são maiores do que os números divulgados ou registrados em Boletim de Ocorrência (BO). O agravante é que e, pelo menos, 60% deles têm envolvimento de motocicletas e resultam em vítimas, algumas graves.

Vale lembrar que, estatisticamente, estão cadastrados na Ciretran de Botucatu algo em torno de 70 mil veículos circulando pela cidade, ou seja um veículo para cada dois habitantes. Isso sem contar os chamados veículos flutuantes, ou seja, aqueles que não são de Botucatu e apenas passam pela cidade ou permanecem por algumas horas ou poucos dias.

Para o capitão José Semensati Júnior, comandante da 1ª Companhia de Polícia Militar de Botucatu, a maioria dos acidentes são ocasionados em razão da imprudência e imperícia dos condutores de motocicletas, principalmente em cruzamento de vias.

“Mesmo com as campanhas educativas, bloqueios policiais, além de um trabalho sincronizado da PM com o Departamento de Engenharia e Tráfego (DET), na colocação de placas de sinalização em pontos estratégicos e conflitantes, é necessário que haja conscientização por parte dos motoristas para diminuirmos o índice de acidentes de trânsito na cidade”, frisou o capitão da PM.

O oficial revela que, embora o índice tenha caído, a PM vai continuar realizando campanhas educativas, com a finalidade de orientar os condutores de carros e motocicletas. “Sabemos que não iremos zerar os acidentes de trânsito, mas poderemos buscar alternativas para diminuir ainda mais o índice de acidentes nas ruas da cidade”, enfocou.

E isso, continua o oficial da PM, será feito com outras campanhas educativas, bloqueios e atuação DET na colocação de placas sinalizadoras em locais de risco. “Mas, além disso, é fundamental que haja participação efetiva dos condutores de veículos para que obedeçam as placas sinalizadoras e respeitem a lei vigente”, acrescentou Semensati.

Alerta o capitão da PM que, de uma maneira geral, o erro humano é responsável por mais de 90 % dos acidentes registrados e as causas mais comuns são: velocidade excessiva, dirigir sob efeito de álcool ou de outro tipo de droga, distância insuficiente em relação ao veiculo dianteiro, desrespeito ? sinalização, imprudência e imperícia.

“Em 2013 a Polícia Militar de Botucatu está atuando com duas viaturas direcionadas, exclusivamente, para o trânsito, exercido pelo belo trabalho dos policiais cabo Osvaldo e soldados Torrez, Márcio Oliveira e Lucas, assim diariamente está sendo desenvolvido “blits”, com apoio da Rondas Ostensivas com Auxílio de Motocicletas (ROCAM), para coibir os excessos e abusos cometidos pelos condutores, visando diminuição de acidentes de trânsito no nosso município”, frisa o capitão.

Semensati entende que a moto será uma necessidade futura para o nosso trânsito. “Não somos contra a moto. Somos a favor que a moto seja regulamentada para servir ? população como um todo. Moto nas ruas não pode ter a conotação de uma atividade radical”, ressaltou Semensati. “A moto é ágil, mas é frágil”, complementa.

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