124 presos de Botucatu estão nas ruas após mais uma ‘saidinha temporária’ no estado

Polícia
124 presos de Botucatu estão nas ruas após mais uma ‘saidinha temporária’ no estado 19 setembro 2024

Em Botucatu todos os detentos serão monitorados pelas forças de segurança. No estado são 33 mil detentos beneficiados.

Cerca de 33 mil presos deixaram os mais de 180 presídios paulistas nesta terça-feira (17). A chamada “saidinha temporária” tem previsão de retorno no próximo dia 23 de setembro, segunda-feira da semana que vem.

Em Botucatu são 124 detendos beneficiados pela famosa saidinha. Os números foram passados pela Delegacia Seccional de Polícia ao Acontece Botucatu.

Esses detentos cumprem penas em presídios e estabelecimentos prisionais da região. As forças de segurança estão monitorando esse movimento.

Nós temos a relação de todos eles, com nomes e edereços. Eles são oriundos principalmente do CPP de Bauru e também de outra penitenciárias do estado. Nós estamos monitorando todos eles e se houver descumprimento das medidas impostas, serão novamente presos e recolhidos ao sistema, disse ao Acontece Botucatu o Delegado Seccional de Polícia, Dr. Lourenço Talamonte Neto.

Saidinha no estado

O estado de São Paulo promove cinco saidinhas temporárias por ano e a duração é de até sete dias. O ‘benefício’ é concedido a presos do regime semiaberto que até a data da saída tenham cumprido um sexto da pena se forem réus primários ou um quarto da pena total no caso de reincidentes.

A autorização precisa necessariamente passar pelo juiz, que consulta os diretores dos presídios. Justamente por isso, nem todas as 182 unidades prisionais do estado têm presos com direito a saídas temporárias.

Uma lei aprovada na Câmara dos Deputados e no Senado Federal – e sancionada pelo presidente Lula (PT) em abril, prevê que o benefício não seja concedido a condenados por crime hediondo ou praticado com violência ou grave ameaça.

Lula chegou a vetar o trecho que impedia saídas para que os presos visitassem as respectivas famílias, mas o veto foi derrubado pelo Congresso Nacional.

A regra que passou a valer na data de sua publicação, no entanto, só vale para quem comete crimes sob a nova legislação, uma vez que, aqueles que cometeram crimes sob a lei anterior, não poderiam ter seus direitos prejudicados segundo a legislação brasileira.

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