Quando convivemos com gatos diariamente podemos notar que a maioria deles ingere uma pequena quantidade de água quando comparada com os nossos companheiros caninos. Isso pode ser justificado pelo fato de serem descendentes de felinos do deserto. Em um ambiente com pouca disponibilidade de água esses animais se viram obrigados a concentrar sua urina a fim de manter-se hidratados. Essa adaptação foi transmitida por várias gerações chegando aos dias atuais.
A alta concentração urinária predispõe a formação de sedimentos que podem se transformar em cálculos. Sabe-se que o persa é a raça mais frequentemente acometida. Porém, independentemente da raça, a atenção do tutor para a quantidade de água ingerida pelo seu animalzinho, deve ser a mesma.
Devemos conhecer alguns sinais que podem representar a presença de cálculos nas vias urinárias dos gatos, tais como, micção em locais inapropriados (geralmente fora da caixa de areia), dor ou vocalização ao urinar, urina em pouca quantidade e mais frequente, com ou sem sangue aparente. Aqueles que se encontram obstruídos pelos cálculos demonstram sinais mais severos como, por exemplo, apatia, vômito, agressividade por dor intensa podendo evoluir rapidamente para prostração e até mesmo óbito.
Algumas medidas simples que podemos introduzir na nossa rotina com o objetivo de prevenir ou retardar essa doença são: fornecer água à vontade em vasilhas (de preferência rasas) espalhadas por todos os cômodos da casa, apresentar fontes de água (visto que alguns gatos preferem tomar água em movimento), habituá-los a comer uma refeição de dieta úmida por dia (teor hídrico maior) e espalhar caixas de areia pela casa estimulando a diurese, ou seja, inibindo a retenção urinária.
Por se tratar de uma doença com alta prevalência diagnóstica é importante que o tutor conheça os hábitos de seu gato e faça algumas intervenções desde filhote. Com isso, saberá o momento certo de procurar assistência veterinária e irá melhorar a qualidade de vida de seu amigo.
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