Os prefeitos Amarildo Garcia Fernandes (de Areiópolis), Manoel Frias Filho (de Borebi), Tarcisio Abel (de Macatuba) e Izabel Lorenzetti (de Lençóis Paulista) reuniram a imprensa e abordaram as diversas ações que as administrações municipais têm tomado para enfrentar a crise econômica.
Nos últimos anos, os prefeitos têm apontado quedas nos repasses federais e estaduais, principalmente no FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e na cota parte do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Em 2015, a queda tem sido mais acentuada e obrigou os administradores a tomarem medidas de redução de despesas para continuar oferecendo os serviços básicos à população, especialmente em áreas como saúde, educação e atenção social.
Durante o encontro da quinta-feira, os prefeitos apontaram as medidas já adotadas para o enfrentamento da crise econômica em seus municípios. Algumas delas são comuns aos quatro municípios, como a redução no pagamento de horas extras, a contenção de despesas com pessoal, a otimização no uso dos veículos da frota, a renegociação de contratos com fornecedores de produtos e serviços, economia nos gastos com telefonia, combustíveis, insumos e energia elétrica – este último apontado como um dos complicadores para as contas das administrações públicas por conta dos sucessivos aumentos na tarifa nos últimos meses.
Os prefeitos de Areiópolis, Bobebi, Macatuba e Lençóis Paulista também apontaram as perdas de receita de seus municípios até setembro de 2015, por conta da queda nos repasses federais. Areiópolis reclama perdas de R$ 1,1 milhão nos repasses no período. Borebi contabiliza outros R$ 700 mil. Macatuba calcula em R$ 1,8 milhão o montante que deixou de receber neste ano. E Lençóis Paulista apresenta uma cifra de R$ 4 milhões. Somados, os valores dos quatro municípios representam perdas de R$ 7,6 milhões nas receitas de orçamento de 2015.
Novos encontros entre os prefeitos da região serão agendados. O principal foco dessas reuniões é a troca de experiências para encontrar soluções e enfrentar a crise econômica, tendo em vista a constante redução no repasse de verbas aos municípios, situação que deve ter a mesma dinâmica em 2016. As próximas reuniões deverão contar com prefeitos de outras cidades como forma de ampliar a participação e o debate de ideias para o enfrentamento à crise econômica pela qual passam os municípios brasileiros.
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