
O 21 de Abril se tornou feriado nacional em 1890, logo após a Proclamação da República

No dia 21 de abril, comemora-se o Dia de Tiradentes. O feriado faz alusão à morte do mineiro Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido na história nacional como Tiradentes, o herói da Inconfidência Mineira. Vamos relembrar essa história.
Na manhã de21 de abril de 1792, diz a história, ele foi morto enforcado em praça pública, no Rio de Janeiro. De todos os envolvidos nesse movimento de conspiração contra a Coroa portuguesa, apenas Tiradentes foi executado.
Seu corpo foi esquartejado e pregado em postes pelas ruas de Minas Gerais. Apesar de alguns estudiosos defenderem que essa foi uma manobra de Portugal para desmerecer o movimento da Inconfidência Mineira e dar a entender que tudo não passou de uma aventura de um “dentista desequilibrado”, ele acabaria virando herói nacional.
No século 19, o movimento republicano o elegeu como mártir cívico-religioso e antimonarquista, fazendo prosperar as pinturas que o aproximam da imagem de Cristo.
O 21 de Abril se tornou feriado nacional em 1890, logo após a Proclamação da República. Sua imagem como militar patriota foi exaltada tanto pela ditadura de 1964-1985 como pelos movimentos de esquerda, que o consideravam um símbolo de rebeldia.
Inconfidência Mineira
A Inconfidência Mineira, ou Conjuração Mineira, foi uma revolta, de 1789, de caráter republicano e separatista, organizada pela elite socioeconômica da capitania de Minas Gerais contra o domínio colonial português. Ela foi baseada nos ideais do Iluminismo e teve influência da Revolução Americana, que resultou na independência dos Estados Unidos.
No século 18, Minas Gerais era a capitania mais próspera do Brasil, fruto da atividade mineradora, que trouxe riqueza e desenvolvimento para a região. Mas a relação entre colonos e a Coroa não era boa: a elite econômica era contra a política fiscal imposta por Portugal.
Mas devido ao grande volume de extração, o ouro começou a entrar em decadência em Minas e a quantidade de impostos pagos Portugal estava decaindo cada vez mais. Nesse cenário, o Visconde de Barbacena assumiu como governador em 1788, com a ordem de realizar uma “derrama” – mecanismo utilizado por Portugal para realizar a cobrança obrigatória de tributos. Esse foi o estopim para a elite local antecipar os preparativos para a revolta.
Mas não deu certo. Na verdade, a conspiração nem chegou a ser iniciada, pois foi descoberta, após autoridades coloniais em Minas Gerais receberem denúncias sobre a revolta. Todos os líderes da conjuração tiveram suas penas amenizadas, menos Tiradentes, o único que não fazia parte da elite.
Texto: Guia do Estudante
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