Nove são presos por desviar remédios de alto custo para tratamento de câncer

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Nove são presos por desviar remédios de alto custo para tratamento de câncer 31 janeiro 2018

 

Divulgação Internet

Nove pessoas foram presas hoje (31) acusadas de desviar medicamentos de alto custo de órgãos públicos. As investigações da Operação Medlecy 2 apontam que o grupo conseguiu R$ 16,5 milhões ao revender medicamentos desviados para hospitais e clínicas, entre setembro de 2014 e maio de 2016. Os presos serão acusados de prática de organização criminosa e crime contra a saúde pública.

A operação é coordenada pela Corregedoria-Geral da Administração, do governo de São Paulo, e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Além dos mandados de prisão, também estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Goiás, no Espírito Santo e Distrito Federal. Paralelamente, estoques das farmácias de alguns hospitais estaduais foram vistoriados.

A Medlecy 2 é um desdobramento das investigações iniciadas em abril de 2015, em Bauru, no interior paulista, sobre a atuação de de grupo criminoso. Segundo o MP-SP, os criminosos conseguiam os medicamentos de alto custo por meio de furto, roubo e desvio de órgãos públicos, para, em seguida, por meio de empresas de fachada, vender esses medicamentos a clínicas e hospitais.

Na operação foram cumpridos 12 mandados de prisão, oito continuam presos. Ao término dessa investigação, que durou cerca de um ano, o Gaeco ofereceu denúncia contra 15 pessoas residentes nas cidades paulistas de Piratininga, Bauru, São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto e Goiânia, por organização criminosa, crime contra a saúde pública e receptação dolosa qualificada.

Segundo o MP-SP, após essa primeira investigação do Gaeco, a Corregedoria-Geral da Administração identificou que as caixas dos medicamentos de alto custo, recuperadas durante a operação, inicialmente tinham sido vendidas à Secretaria de Saúde de São Paulo para o tratamento de câncer. Pelos valores de aquisição, cada caixa custava cerca de R$ 8 mil.

A corregedoria também identificou que um dos investigados é funcionário público do estado de São Paulo e trabalha como motorista no Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Entre abril e maio de 2016, o servidor teria recebido R$ 125 mil em depósitos bancários.

*Agência Brasil Com informações do Ministério Público do Estado de São Paulo

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