MP de SP vai investigar eventual prática de ‘terrorismo doméstico’ no massacre de escola em Suzano

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MP de SP vai investigar eventual prática de ‘terrorismo doméstico’ no massacre de escola em Suzano 14 março 2019
Foto Reprodução

O Ministério Público de São Paulo informou, na noite desta quarta-feira (13), que vai investigar em que circunstâncias ocorreram as dez mortes do massacre em Suzano. O trabalho será realizado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

O objetivo é apurar a possível existência de organização criminosa que tenha colaborado para “eventual cometimento de crimes relacionados a terrorismo doméstico, como apontam os primeiros indícios”, diz o órgão. O termo terrorismo doméstico é usado para definir atentados terroristas cometidos por cidadãos contra o seu próprio povo ou governo.

O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) foi instaurado nesta quarta-feira (13). Mais cedo, o promotor Rafael Ribeiro do Val já tinha sido designado pelo procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, para acompanhar o caso.

Um adolescente e um homem encapuzados invadiram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), na manhã desta quarta-feira (13) e abriram fogo contra alunos e funcionárias. Eles mataram sete pessoas, sendo cinco alunos, uma inspetora e uma coordenadora pedagógica do colégio. Em seguida, um dos assassinos atirou no comparsa e, então, se suicidou.

Pouco antes do massacre, a dupla havia atirado contra o proprietário de uma loja da região, que morreu horas depois. Outras 11 pessoas estão internadas.

Os assassinos – Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 – eram ex-alunos do colégio. A investigação aponta que, depois do ataque, ainda dentro da escola, Guilherme matou Henrique e, em seguida, se suicidou. A polícia diz que os dois tinham um “pacto” segundo o qual cometeriam o crime e depois se suicidariam.

Ainda não se sabe a motivação do crime. Foram feitas buscas na casa dos assassinos, e a polícia recolheu pertences dos dois.

 

Os mortos são:

Caio Oliveira, 15 anos, estudante

Claiton Antonio Ribeiro, 17 anos, estudante

Douglas Murilo Celestino, 16 anos, estudante

Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 anos, agente de organização escolar

Jorge Antonio de Moraes, 51 anos, comerciante, morto antes da entrada dos assassinos na escola; ele é tio de Guilherme, um dos assassinos

Kaio Lucas da Costa Limeira, 15 anos, estudante

Marilena Ferreira Vieira Umezo, 59 anos, coordenadora pedagógica

Samuel Melquíades Silva de Oliveira, 16 anos, estudante

Os feridos são:

Adna Isabella Bezerra de Paula, 16 anos, estudante

Anderson Carrilho de Brito, 15 anos, estudante

Beatriz Gonçalves Fernandes, 15 anos, estudante

Guilherme Ramos do Amaral, 14 anos, estudante

Jenifer Silva Cavalcanti

José Vitor Ramos Lemos, estudante

Leonardo Martinez Santos

Leonardo Vinicius Santa Rosa, 20 anos

Leticia de Melo Nunes

Murilo Gomes Louro Benite, 15 anos, estudante

Samuel Silva Felix

Fonte: Portal G1

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