Foto: Eloana Munhoz/Arquivo pessoal
Quem acompanhou a trajetória dessa criança não vai esquecê-la jamais. Depois de ficar internada na Unesp de Botucatu por mais de um ano, sendo submetida a 12 cirurgias na cabeça, com idas e vindas freqüentes à Unidade de Terapia Intensiva Intensiva (UTI) a “guerreira” Ágata Munhoz, de 10 anos de idade morreu no final de semana, mas as palavras de carinho e apoios aos pais nas redes sociais ainda era bastante acentuada até a noite desta terça-feira. Ágata foi velada no Centro Velatório Terra Branca, em Bauru, e sepultada no Jardim os Lírios.
O drama dessa menina começou no ano passado. Segundo a mãe, Ágata sofreu bullyng na escola e passou a ter vômitos freqüentes e o médico diagnosticou caso de refluxo e assim foi tratada por seis meses. Porém, os vômitos se tornaram mais frequentes e a menina emagreceu, ficou muito fraca em não conseguia mais ficar em pé. Uma tomografia constatou meduloblastoma (câncer no cérebro) e ela foi transferida para o Hospital das Clínicas da Unesp de Botucatu para ser cuidada por um especialista em neurocirurgia pediátrica na unidade hospitalar.
O pai que trabalhava numa lanchonete abandonou o emprego para acompanhar o tratamento da filha e se revezava no hospital com a mulher Eloana. O casal tem outros dois filhos de 6 e 3 anos. Foi, então, iniciada uma campanha pelas redes sociais para que eles pudessem se dedicar inteiramente a recuperação da criança. Para isso o casal viveu graças a doação de amigos. Além de duas contas bancárias disponibilizadas para doações à família, cerca de 10 eventos beneficentes em prol de Ágata foram promovidos nos últimos meses.
O câncer chegou a ser retirado, mas voltou mais agressivo do que antes. O tratamento baixava a imunidade da menina, que sofreu diversas infecções. O movimento das pernas e a fala também foram afetados. Amigos da família relatam que, desde a última recaída, a guerreira já não conseguia mais falar e tinha o olhar parado. Apenas lágrimas saíam de seus olhos. O falecimento de Ágata em Botucatu foi publicada na página da campanha "1 Minuto pela Ágata", no final da tarde de sábado. Assim que a morte se tornou pública as pessoas começaram a se manifestar. E continuam se manifestando.
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