Médica picada por cobra durante banho em cachoeira em MT é transferida para SP

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Médica picada por cobra durante banho em cachoeira em MT é transferida para SP 04 setembro 2020

Animal venenoso despencou com a queda d’água da cachoeira e atingiu a vítima. Ela teve picadas no rosto e no pescoço quanto tomava banho em ponto turístico

A médica Dieynne Saugo foi transferida de avião na noite dessa quinta-feira (3) do Complexo Hospitalar de Cuiabá (MT) para o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP).

Dieynne estava internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde domingo (31) após ter sido picada por uma cobra jararaca durante um banho na Cachoeira Serra Azul, em Nobres, a 151 km de Cuiabá (MT).

O animal venenoso despencou com a queda d’água da cachoeira e atingiu a vítima. Dieynne foi picada duas vezes, no rosto e no pescoço, e seu caso é considerado grave.

A família disse que optou pela transferência porque os leitos dos hospitais de Cuiabá estão lotados por causa da pandemia da Covid-19 e também porque os médicos especialistas estão sobrecarregados.

Dieynne passou por transfusão de sangue na tarde de quinta-feira (3). Antes, na terça-feira (1°), a médica já havia passado pelo procedimento de traqueostomia (pequena abertura na traqueia) para desobstruir as vias aéreas, que estavam comprometidas em 70%.

Agora, a expectativa é que Dieynne passe por uma cirurgia no braço, em São Paulo, nesta sexta-feira (4).

A família faz uma vaquinha online para pagar as despesas da transferência e da internação na capital paulista. Segundo os familiares, o plano de saúde da médica é estadual e não cobre internação fora de Mato Grosso.

Ela chegou ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) vomitando sangue e com edemas. Após receber o soro antiofídico, ela foi encaminhada ao Complexo Hospitalar de Cuiabá.

O local em que ocorreu o incidente fica a mais de 150 km do hospital. Foram cerca de 3 horas até chegar a unidade de saúde para a aplicação do soro.

Gravidade

O médico coordenador do Centro Antiveneno de Mato Grosso (Ciave), José Antônio de Figueiredo, disse que o caso da médica é considerado grave.

Ele explicou que, como Dieynne teve picadas no rosto e no pescoço, as vias aéreas ficaram comprometidas devido ao inchaço nessas regiões — o que acabou prejudicando a respiração da paciente.

Fonte: G1

 

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