Macatuba supera meta de visitações domiciliares contra a dengue

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Macatuba supera meta de visitações domiciliares contra a dengue 05 janeiro 2016

Ação consiste em visitar residências e estabelecimentos comerciais para conferir e eliminar focos de criadouros do mosquito transmissor da doença, além de reforçar junto à população as orientações básicas para enfrentamento da dengue

 

A equipe de Controle de Vetores da Prefeitura de Macatuba superou a meta de visitação aos domicílios durante as ações de combate à dengue no município em 2015. A ação preventiva consiste em visitar residências e estabelecimentos comerciais periodicamente para conferir e eliminar focos de criadouros do mosquito transmissor da doença, além de reforçar junto à população as orientações básicas para enfrentamento da dengue.

Nivaldo Aparecido da Silva é agente de saúde responsável pela mobilização contra o mosquito Aedes aegipty e contabilizou os números de 2015. “O número de imóveis em Macatuba a serem visitados pela equipe, seguindo a recomendação da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), seria de 19.428. O trabalho dos agentes de controle de vetores chegou a 23.353 imóveis visitados no ano de 2015, onde se inclui 3.263 imóveis que se encontravam fechados no momento da primeira visitação”, informou.

A cada visita o agente pede autorização do morador para conferir se há focos de criação do mosquito transmissor da dengue no domicílio ou estabelecimento. “O agente também pede ao morador para acompanhar a visitação e sempre orienta a pessoa sobre os cuidados básicos para se evitar a dengue dentro de casa, tanto do mosquito adulto quanto da larva do Aedes aegipty. Reforça também a orientação sobre os sintomas da doença. Se há suspeita de dengue ou se a pessoa viaja para cidades onde há focos do mosquito, o agente orienta o uso de repelentes para proteção individual. São ações permanentes de combate à dengue em Macatuba”, comentou Silva.

O agente lembra que quando o visitador se depara com o imóvel fechado, ele retorna em outros horários para que nenhum local fique fora da cobertura do Controle de Vetores. “Os agentes de controle não fazem horário de almoço e visitam os imóveis que estavam fechados durante os horários do almoço da família. O importante é que toda a população colabore e entenda que esta luta é de todos nós, não só dos agentes de saúde pública”, reforçou.

A colaboração da população é ainda mais importante neste período de calor e chuvas frequentes, o que facilita a proliferação do mosquito. “Basta o brinquedo de uma criança exposto no quintal para o mosquito se aproveitar e colocar os ovos que – no prazo de sete dias – vão virar larvas e vão virar novos mosquitos transmissores não só da dengue, mas também do vírus da febre chikungunya e o zika vírus”, alertou.

O agente Nivaldo Aparecido da Silva lembrou que, muitas vezes, a população pensa que não tem criadouros em casa, mas o mosquito se aproveita de um pequeno descuido para colocar seus ovos em um recipiente pequeno, escondido em um canto qualquer. Aponta que cada morador da cidade tem que estar ciente de que o Aedes aegypti pode estar dentro do seu imóvel e não pode descuidar.

“Nosso pedido é para que receba o agente de Controle de Vetores em sua casa, que preste atenção às orientações e que cada um faça sua parte. O mosquito não perde a oportunidade, tanto que o ano começou agora e temos dois casos suspeitos de dengue em Macatuba. Não dá para descuidar, temos que evitar recipientes com água acumulada em casas, quintais, terrenos vazios, estabelecimentos comerciais e outros espaços”, finalizou.

Vale lembrar que, além de todas as ações preventivas que os agentes de Controle de Vetores desenvolvem junto com a população, a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Macatuba faz a nebulização programada com inseticida ou a nebulização de bloqueio quando há identificação de casos positivos importados ou autóctones.

Vacina

 Recentemente, virou notícia nacional a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a primeira vacina contra a dengue. É uma boa notícia na batalha contra a doença, mas ainda não representa a vitória definitiva sobre o vírus. A vacina tem taxa de proteção de 66%, o que é considerada baixa por especialistas, e precisa ser tomada em três doses (uma a cada seis meses) para ter efeito. Além disso, a vacina tem limites de faixas para aplicação. Apenas as pessoas de 9 a 45 anos podem receber a dose preventiva. Ficam de fora grupos vulneráveis, como idosos e crianças abaixo dos 9 anos.

Por isso, a prevenção e o combate permanentes ainda são as principais armas que a população tem na luta contra a dengue. A melhor estratégia é evitar o Aedes aegypti fazendo aquilo que todo mundo já sabe: cobrir caixas de água, limpar bandejas de ar condicionado e geladeiras, colocar areia até a borda nos pratos de vasos, virar garrafas e outros recipientes com a boca para baixo, eliminar qualquer material que possa acumular água e que servem de berçário para proliferação do mosquito.

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