O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário encontrou irregularidades em 1,136 milhão de benefícios do Bolsa Família. Destes, 469 mil foram cancelados e 667 mil, bloqueados. No caso dos bloqueios, os usuários têm até três meses para comprovar que cumprem os requisitos do programa de distribuição de renda e podem voltar a receber o benefício. A pasta também convocou 1,4 milhão de famílias para fazer atualização cadastral em janeiro de 2017.
Os dados são resultado de um pente-fino no Bolsa Família iniciado em junho, que envolveu diversas bases de dados nacionais. Os cancelamentos já começam a valer em novembro e terão impacto de R$ 1,024 bilhão na folha de pagamento do Bolsa Família. No caso dos bloqueios, o governo espera uma economia de R$ 1,428 bilhão, caso as irregularidades sejam confirmadas.
Os municípios com maior número proporcional de cancelamentos – ou seja, em relação à quantidade de beneficiários – foram Treviso (SC), com 25,93%; Picada Café (RS), com 23%; Vargem Bonita (SC), com 18,89%; Itaipulândia (PR), com 16,62%; Muçum (RS), com 16,42%; Santa Ernestina (SP), com 16,35%; Jumirim (SP), com 15,87%; Presidente Lucena (RS), com 15,38%; Cocal do Sul (SC), com 15,33% e Nova Erechim (SC), com 15,28%. (Agência Brasil)
Fiscalização na região
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito civil para investigar a suspeita de fraude no Programa Bolsa Família em Bauru. Segundo levantamento realizado pela 5.ª Câmara de Coordenação e Revisão – Combate à Corrupção, do MPF em Brasília (DF), o recebimento irregular do benefício na cidade pode chegar a R$ 3,792 milhões do início de 2013 até maio de 2016.
Na extensa lista sob investigação, estão 1.037 CPFs de moradores de Bauru. Entre os que teriam recebido recursos do programa no período, estão pessoas falecidas, empresários, doadores de campanha eleitoral e servidores públicos.
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