
A Embraer pode obter um crédito de 1 bilhão a 1,5 bilhão de dólares junto ao BNDES e bancos comerciais para capital de giro e financiar a exportação de aeronaves, disseram à Reuters duas fontes do governo próximas às negociações.
As conversas entre o banco e a fabricante de aviões ainda estão estágio inicial, mas, de acordo com as fontes, a Embraer também pode ser incluída em um programa de socorro às companhias aéreas nacionais afetadas pelos impactos da pandemia de Covid-19.
A Boeing anunciou na semana passada cancelamento do acordo para comprar o controle da principal divisão da companhia brasileira por 4,2 bilhões de dólares, gerando dúvidas sobre o futuro da Embraer e motivando a empresa a abrir um processo de arbitragem contra a fabricante norte-americana.
Segundo as fontes, um suporte está sendo estudado pelo governo brasileiro, via BNDES, para a Embraer após a frustração do negócio com a Boeing.
“A Embraer não estava endereçada nos nossos esforços para ajudar o setor aéreo…Aí teve a questão com a Boeing e aí ela virou candidata (a apoio)”, disse à Reuters uma das fontes.
“A Embraer virou candidata de uma possível sindicalização entre os bancos e BNDES. É uma empresa aberta, de capital pulverizado que permite fazer algo como bônus com subscrição ou uma conversibilidade (em ações).
É consenso dos bancos que a Embraer é uma natural candidata a um apoio…para dar capital de giro a ela e para financiar a venda dos aviões”, adicionou a fonte.
Procurados, representantes do BNDES não comentaram o assunto. A Embraer não se manifestou, mas fez referência a comunicado enviado por ocasião do anúncio do cancelamento do acordo com a Boeing.
Por Money Times
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