Comissão especial do impeachment tem 15 deputados investigados no STF

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Comissão especial do impeachment tem 15 deputados investigados no STF 11 dezembro 2015

Foto: Política Real/Divulgação

De uma forma geral, os parlamentares acusados que foram entrevistados alegam inocência, outros embora tenham sidos contatados, não retornaram às ligações

 

Quase 40% dos deputados eleitos para integrar como titulares a Comissão do Impeachment têm pendências no Supremo Tribunal Federal (STF). Levantamento do GLOBO mostra que são 15 investigados ou processados, entre os 39 da chapa liderada pela oposição e dissidentes da base.

O tucano Nilson Leitão (MT) é quem mais tem pendências. É réu em processo aberto pela 1ª Turma do STF semana passada por crime de responsabilidade, sob suspeita de superfaturar obras de pavimentação de um trecho da BR-163 quando era prefeito de Sinop (MT), de 2001 a 2006. Há outros seis inquéritos relativos a esse período. Ele diz confiar na absolvição e afirma que os demais casos serão arquivados.

— Todas as minhas contas foram aprovadas e os convênios foram aprovados por todos os ministérios. Isso não tira minha prerrogativa de investigar a presidente — disse.

Estarão como titular na comissão dois deputados investigados na Operação Lava-Jato: Jerônimo Goergen (PP-RS) e Luis Carlos Heinze (PP-RS) foram indiciados após serem apontados pelo doleiro Alberto Youssef como beneficiários da propina distribuída no PP. Depois, o doleiro afirmou não conhecê-los e não ter entregue diretamente dinheiro a eles. Afirmou que Goergen e Heinze eram citados pela cúpula do partido como beneficiários. Os dois negam as acusações.

— Não fiz nada de errado e tenho feito de tudo para comprovar isso. Nada tira a legitimidade do meu mandato ou muda minhas convicções — afirmou Goergen.

— Desafio o Youssef ou qualquer líder do meu partido a me dizer quanto me deu, quando e onde me deu — disse Heinze.

Dos 15 com pendências, quatro já são réus: além de Leitão, Benito Gama (PTB-BA), por crime eleitoral, Flaviano Melo (PMDB-AC), por peculato e crime contra o sistema financeiro, e Delegado Éder Mauro (PSD-PA), por crime de ameaça. Benito diz que o prefeito que o acusou, na campanha de 2008, responde por difamação e injúria. E que o Ministério Público propôs encerrar a ação. Melo diz que a acusação tem “razões políticas” e frisa que o STF “certamente” dará pela improcedência da denúncia A assessoria de Éder Mauro foi procurada, mas não houve retorno.

Lelo Coimbra (PMDB-ES) afirma que o seu caso trata apenas de um procedimento relativo às eleições de 2010. Ele ressalta que a denuncia, de que pastores teriam trabalhado na sua campanha eleitoral, já foi julgado improcedente pelo TRE-ES.

Danilo Forte (PSB-CE) diz esperar que o inquérito contra ele, que trata de irregularidades na sua gestão na Funasa, seja arquivado, como já ocorreu com outro que tratava do mesmo período.

Valdir Rossoni (PSDB-PR) afirma que a acusação contra ele, de crime ambiental, decorre de um incêndio ocorrido em uma propriedade de um vizinho e ressalta que fez a recuperação da área que foi atingida em seu terreno.

Alex Manente (PPS-SP), investigado por crime eleitoral, afirma que já prestou depoimento e aguarda o arquivamento do inquérito.

Jair Bolsonaro (PP-RJ) afirma que a acusação de crime ambiental é indevida porque ele estava em Brasília na data em que houve a autuação em Angra dos Reis. Atribui ainda o inquérito de difamação a uma briga política com a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

Os demais deputados não foram localizados ou não retornaram as ligações.

Fonte: UOL/Agência Globo

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