Fim de uma era: meio de transferência foi lançado em 1985. TED deverá permanecer, mas por pouco tempo.
Esta segunda-feira (15) marca o fim oficial do DOC, que será aposentado depois das 22h. Depois que o relógio marcar 10 das noites, os bancos não fornecerão mais o meio de transferência lançado em 1985. O TED, mais rápido que o DOC, seguirá existindo — mas talvez não por muito tempo.
Além do DOC, o TEC, sigla para Transferência Eletrônica de Créditos, também será extinto. Esse tipo de transferência era usado para que empresas pagassem benefícios aos seus funcionários — algo que, nos dias de hoje, pode ser feito de modo mais rápido com o Pix. Por falar nele, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), quando comunicou o fim do DOC e TEC, explicou que a popularidade do Pix derrubou essas operações — que são lentas e têm limite de de R$ 4.999,99 por transação.
TED deve ser a próxima vítima
No comunicado em que relembra a “aposentadoria” do DOC e TEC, a Febraban divulga os números de transferências realizadas por diferentes meios no primeiro semestre de 2023. No período, 448 milhões de TEDs foram feitos. A Transferência Eletrônica Disponível (nome completo do TED) só ficou na frente do cheque (125 milhões de transferências) e do futuro aposentado DOC (18,3 milhões) — a quantidade de TECs nem é citada.
Quando o TED foi lançado, há quase 22 anos, seu grande diferencial era permitir a transferência de valor no mesmo dia, desde que a operação fosse realizada em dia útil antes das 17h. O ponto negativo no início era que o TED só permitia transferências acima de R$ 5.000. Quando essa exigência foi extinta, ele se tornou uma melhor opção que o DOC.
18 anos depois da criação do TED, chegou o Pix e todos nós sabemos como ele funciona: é instantâneo. Em 2002, transferir um valor ainda no mesmo dia era um baita avanço — hoje, é um atraso. E se você precisa realizar uma operação para cair no fim do dia ou dia seguinte, basta fazer um Pix Agendado.
Com a praticidade trazida pelo Pix e os novos recursos que ele ganha, o fim do TED também é inevitável.
Fonte: Tecnoblog
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