Alunos de Conchas criam armadilhas para o mosquito da dengue

Nacionais
Alunos de Conchas criam armadilhas para o mosquito da dengue 10 novembro 2015

Foram desenvolvidos dois modelos de alçapões que unem criatividade e sustentabilidade, pois reciclam produtos que seriam descartados: a garrafa pet e pastas de arquivo morto

 

No ano passado, 2014, foram notificados mais de mil casos de dengue no município de Conchas, segundo a Vigilância Epidemiológica, um surto que tomou conta de aproximadamente 6% da população conchense. Para combater essa doença a equipe da Vigilância Sanitária da cidade pesquisou e desenvolveu dois modelos de armadilhas para a captura e morte das larvas do mosquito transmissor da dengue: o Aedes aegypti.

Foram desenvolvidos dois modelos de alçapões que unem criatividade e sustentabilidade, pois reciclam produtos que seriam descartados: a garrafa pet e pastas de arquivo morto. No primeiro, com garrafa pet, a fêmea coloca os ovos e os mesmo eclodem na presença de água, as larvas crescem podendo se transformar em adultas, porém, ficam aprisionadas dentro da garrafa e morrem.

O outro modelo de armadilhas é feito com pastas pretas de arquivo morto, as pastas são fechadas deixando uma fenda na face superior com acesso a um recipiente plástico dentro da caixa, tampado com papel cartão preto e pincelado com uma cola. Nesta armadilha há uma abertura para que a fêmea do mosquito da dengue não fique presa na cola e deposite os ovos no recipiente com água e larvicida, um produto químico que impede o desenvolvimento da larva e sua transformação em adulto.

 “A melhor forma de controlar a doença – Dengue é combatendo o mosquito Aedes aegypti que é o transmissor do vírus, através da eliminação dos possíveis criadouros, pois sem criadouros não há proliferação do mosquito”, explicou a equipe da Vigilância Sanitária de Conchas.

Após o desenvolvimento das armadilhas o projeto foi passado ao Departamento de Educação, o qual desenvolveu as armadilhas com cerca de 500 alunos de três escolas municipais da cidade: Maria Teixeira Lima “Professora Dona Nenê”, Coronel Joao Batista de Camargo Barros e escola Prefeito Reineiro Donato Pastina. As armadilhas foram confeccionadas pelos próprios alunos e levadas em suas residências, o objetivo é chegar aos 2 mil alunos envolvidos.

“Como a equipe de agente de controle de vetores elimina os criadouros que estão na superfície, a fêmea do mosquito da dengue poderia procurar criadouros mais distantes como calhas e caixas d'água, dificultando o trabalho dos agentes, surgiu então a necessidade de usar um atrativo, a armadilha”, finaliza. Outro objetivo do projeto, além de confeccionar mais armadilhas com os alunos nas escolas, é incluir algumas armadilhas em repartições públicas da cidade.

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