O planeta Terra atingirá nesta terça-feira (15) a marca de 8 bilhões de habitantes, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU). O mundo chega ao patamar com tendência de diminuição no ritmo de crescimento e expansão das populações idosas de diferentes nações.
De acordo com o relatório World Population Prospects 2022 da ONU, a expectativa de vida no mundo atingiu 72,8 anos em 2019, o que representa um aumento de quase nove anos desde 1990. Ainda que tenha caído para 71,0 anos em 2021, como reflexo da pandemia, a projeção é de que a longevidade média global chegue a 77,2 anos em 2050.
Até a metade do século, as Nações Unidas estimam que o número de pessoas com mais de 65 anos será maior do que o dobro do número de crianças com menos de 5 anos de idade.
“Hoje, nós temos 1,1 bilhão de idosos, de 60 anos ou mais, no mundo. Em 2100 chegaremos em 3,1 bilhões. A população idosa vai triplicar”, esclarece o doutor em demografia e pesquisador aposentado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) José Eustáquio.
Na lista dos países que mais possuem habitantes, a China aparece em primeiro com 1,42 bilhão de pessoas (2022), seguida da Índia com 1,41 bilhão e dos Estados Unidos com +337 milhões. O Brasil aparece na sétima colocação com pouco mais de 215 milhões de habitantes.
Evolução humana
Desde o surgimento dos primeiros humanos na África, há mais de 2 milhões de anos, a população mundial aumentou, apenas com algumas pausas no número crescente de pessoas compartilhando o planeta Terra.
Os fósseis mais antigos dos primeiros humanos conhecidos datam de 2,8 milhões de anos e foram encontrados no leste da África.
De acordo com Herve Le Bras, pesquisador do Instituto Francês de Estudos Demográficos (INED), a introdução da agricultura na era neolítica, por volta de 10.000 a.C., marca o primeiro grande salto populacional conhecido.
Isso porque com a agricultura, veio a sedentarização e a capacidade de armazenar alimentos, o que fez com que as taxas de natalidade disparassem, explicou Le Bras à Science Alert.
Além na evolução humana na medicina e saúde pública, o desenvolvimento de vacinas foi fundamental, principalmente o imunizante contra a varíola, que ajudou a conter vírus e bactérias assassinas, que causaram epidemias e pandemias mortais.
A ONU também cita o crescimento populacional também como resultado de níveis elevados e persistentes de fecundidade em alguns países.
Países com os maiores níveis de fecundidade tendem a ser aqueles com a menor renda per capita — por isso, a organização reforça a necessidade de cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que continuam “sendo o melhor caminho do mundo para um futuro feliz e saudável”, segundo a organização.
Fonte: portal Terra
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