{n}Brasília{/n}
A situação do senador Demóstenes Torres (sem partido) que já era ruim, ficou muito pior depois que ele se negou a responder as perguntas no Conselho de Ética onde foi aberto processo que poderá ocasionar a cassação de seu mandato. Embora a grande maioria dos senadores garanta que ele será cassado, o voto secreto pode ser o grande trunfo do senador, já que muitos que hoje falam em cassação poderão, simplesmente, no momento do voto, mudar de opinião. Para casar Demóstenes será necessário o voto de 41 dos 81 senadores da República.
Demóstenes Torres enfrenta processo no Conselho e Ética do Senado após gravações de operação da PF (Polícia Federal) apontarem que recebia dinheiro e vazou informações para o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que está preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília, desde 29 de fevereiro deste ano. Ele foi acusado de ser o braço legislativo da quadrilha do bicheiro que é alvo de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso Nacional. A comissão foi criada no dia 25 de abril e investiga o envolvimento de Cachoeira com políticos e empresários.
Grupo de senadores começou a se mobilizar para evitar que Demóstenes se livre da cassação do mandato no plenário da Casa. Esse grupo tem duas metas fundamentais: tentar uma alternativa que force os senadores a abrirem seus votos e combater as ausências no dia da votação em plenário. O voto para cassação de mandato é aberto no Conselho de Ética e fechado no plenário.
Essa mobilização também tem o objetivo de alardear a situação na internet é evitar que os colegas busquem desculpas, como viagens profissionais e doenças de família, no dia da votação. Outra estratégia do grupo é tentar garantir a publicidade dos votos no plenário do senador que assim desejar.
A expectativa é que Demóstenes seja julgado no Conselho de Ética na próxima semana. Em seguida, o processo segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para ser analisado e só depois vai ao plenário. Demóstenes vem apostando todas suas fichas na votação secreta no plenário. A tendência é que o ato final do processo aconteça antes do recesso parlamentar.
Foto: Divulgação
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