Volta a polêmica: extintor “de incêndio” em veículos é segurança ou teatro?

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Volta a polêmica: extintor “de incêndio” em veículos é segurança ou teatro? 14 abril 2025

Está de volta a discussão sobre a obrigatoriedade do extintor tipo ABC em veículos. Mas afinal, estamos falando de segurança ou de uma relíquia ultrapassada?

Originalmente desenvolvido para carros com carburador — comuns até os anos 1980 —, o extintor era útil em veículos onde o combustível vazava diretamente sobre o motor quente. Nos carros modernos, com injeção eletrônica, esse cenário é raríssimo. Hoje, o risco é tão remoto quanto imaginar apagar um “incêndio” com um jato de pó químico.

Aliás, o termo “incêndio” é usado de forma errada. Incêndio é um fenômeno físico-químico da natureza, como um terremoto ou maremoto — quando ele se instala, não há extintor portátil que resolva. O correto seria chamar o equipamento de “aparelho extintor para fogo inicial”, pois sua utilidade real é tentar conter principícios de chama, e não um incêndio em estágio avançado.

Será que estamos mesmo protegendo vidas? Ou apenas sustentando um mercado de venda e recarga de cilindros que, na prática, pouco servem?

* Por José Eduardo da Silva – Subtenente PM – Veterano Corpo De Bombeiros Desde 1987 – Especialista em segurança contra incêndio.

e-mail: [email protected]

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