
Os jovens que trabalham na zona azul da Cidade, onde estão instalados os parquímetros reclamam que estão passando por dissabores e são humilhados por motoristas que não admitem pagar multas por exceder o tempo de estacionamento e, além de esbravejar contra a infração, acabam por ofender, moralmente, os trabalhadores. Também não são raros motoristas estacionarem em vagas reservadas para aposentados e deficientes físicos.
Com uma moeda de R$ 1,00 colocada no parquímetro o motorista tem o direito de permanecer estacionado por 43 minutos, mas caso exceda esse tempo, é obrigado a pagar uma multa de R$ 10,00 e é isso que vem acontecendo nas vias de zona azul. Inconformado com a aplicação de multa o motorista acaba ofendendo o trabalhador que faz a notificação. Recentemente, uma multa de R$ 10,00 aplicada a um eletricista fez com que ele fosse tirar satisfação na empresa e acabou quebrando uma porta. O fato gerou grande repercussão na Cidade.
O supervisor da empresa Auto Parque do Brasil que explora o sistema dos parquímetros na Cidade, Paulo Afonso, enfocou que as ofensas contra os funcionários são comuns e alguns motoristas quando recebem a notificação da multa acabam por ofender e ameaçar quem faz a fiscalização de controle do tempo dos veículos estacionados.
Se o motorista estaciona certinho e com o ticket em dia, não terá nenhum problema, mas existem as pessoas que ainda não se adequaram ao sistema de estacionamento por parquímetro e se irritam quando são autuadas, enfoca Afonso. O problema é que a pessoa acaba mostrando sua indignação com o sistema ofendendo e ameaçando funcionários que nada mais fazem do que cumprir as normas da empresa, estabelecidas em contrato, complementou.
O secretário municipal de Trânsito, engenheiro Vicente Ferraudo, salienta que a instalação dos 47 parquímetros no perímetro de zona azul veio para equalizar o grave problema de falta de estacionamento que havia na região central da Cidade, aumentando a rotatividade dos veículos gerando mais vagas. Se alguém ainda tem dúvida com relação ao funcionamento do sistema, que se mostrou eficaz, pode procurar um dos funcionários ou se deslocar até a sede da empresa, onde as explicações lhe serão dadas. Nada justifica a agressão verbal contra os funcionários, disse Ferraudo.
Para o comandante da 1ª Companhia de Polícia Militar, capitão José Semensati Júnior, a atitude de alguns motoristas contra os funcionários da zona azul pode se caracterizar em crimes de calúnia, injúria e difamação. Infelizmente, as agressões verbais existem e isso não passa de covardia, pois os motoristas que ofendem funcionários com palavras de baixo calão, sabem que não irão reagir. Gostaria que esses mesmos elementos tivessem a mesma coragem na frente da PM. Pode ter a certeza de que ele receberia voz de prisão por desacato na mesma hora, frisa o capitão.
Compartilhe esta notícia