Fotos: Valéria Cuter
Nesta terça-feira (2) foram realizadas várias assembléias no horário de entrada dos turnos e do pessoal administrativo da empresa Duratex para discutir o acordo salarial que vem se arrastando desde o dia 1º de julho deste ano, sem que houvesse um acordo. Para o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e do Mobiliário de Botucatu, será muito difícil evitar a greve.
Já realizamos as assembléias e a maioria dos funcionários não aceitaram proposta. Então a empresa terá um prazo de 72 horas para evitar a greve. Não fosse esse tempo previsto em lei, a greve teria se iniciado já nesta terça-feira, observou o presidente do sindicato, Carlos Alberto Tenore. Como o prazo de 72 horas se encerra na sexta-feira, a greve poderá ser iniciada na próxima segunda-feira.
O movimento (assembleias) feito em Botucatu contou com a presença de representantes dos sindicatos ligados ? Construção Civil de Campinas, Mogi das Cruzes, Itapevi, Bauru, São Bernardo do Campo, além de representantes da Associação Solidária e Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Um pequeno tumulto foi gerado na entrada do meio dia, com a presença da Polícia Militar. Isso porque e empresa queria que os funcionários que não estivessem interessados em participar da assembleia pudessem ter a liberdade de adentrar ? empresa para trabalhar, mas tudo foi resolvido, pacificamente. É assim mesmo! Os diretores buscam o interesse da empresa e nós queremos discutir os direitos dos trabalhadores, disse o diretor social José Luis Fernandes.
Desde a data base do dissídio de 1º de julho, empresa e sindicato estão negociando e depois de nove rodadas o acordo não foi selado. Representantes das duas partes também já estiveram numa mesa redonda no Ministério Regional do Trabalho em Bauru e, novamente, não houve acordo entre as partes. A empresa oferece 1,54% de aumento real, mais a inflação do período que foi de 4,89%. O sindicato pleiteia a percentual da inflação, mais 5% de aumento real.
Estamos tentando construir um acordo há várias semanas, mas a empresa se mantém irredutível e não melhora a proposta inicial. As assembléias são realizadas para que as dúvidas dos funcionários sejam tiradas, disse Tenore. Uma greve não é boa para nenhuma das partes, mas é a maior arma que o trabalhador tem para reivindicar seus direitos, finalizou o sindicalista.
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