23 abril 2017
O veterano desta edição é o palmeirense Roberto Bazzo (75), aposentado ferroviário, casado há 54 anos com Diva Pires de Almeida Bazzo. Pai de Valquíria, Roberto, Eliane, Adriana, Simone, Reginaldo, Robson e Rogério, também é avô de 12 netos.
Entre suas recordações está a antiga Estação Ferroviária, que emociona até hoje Bazzo. “Como era bom trabalhar como ferroviário. Na época saiam todos os dias 12 trens de passageiros sentido Ourinhos e São Paulo. Aqui era tudo terra, quando chovia ia trabalhar de chinelo para não sujar meu sapato, quando chegava na estação lavava os pés e os calçava”, diz.
Morador do Jardim Paraíso há 46 anos, Bazzo lembra que a rua onde mora até hoje, não existia asfalto e tinha apenas três casas. “Quando cheguei aqui nem água tinha, era um caminhão pipa que vinha nos abastecer. Fui o terceiro morador da rua. Nosso vizinho era o cafezal da Fazenda Barrinho”, conta.
Todo mês de junho, Roberto e seu vizinho Benedito Santa Rosa promoviam uma festa junina para as crianças moradoras da rua e da região. Brincadeiras como: corrida do saco e bicicleta, pau de sebo entre outras faziam a alegria da criançada. Depois de tanta diversão, uma mesa com comidas típicas era montada, cada morador colaborava doando um prato de doce ou salgado. A animação ficava por conta de um aparelho de som que era colocado em frente a casa de Bazzo.
A capela de Santo Antônio também foi citada. “A capelinha de Santo Antônio era bem pequena, bem diferente de como está hoje”, comenta. A Fazenda Lageado também foi lembrada. “No Lageado existia uma grande plantação de pinheiro, no terreiro de café, sempre que passávamos por lá, víamos os grãos esparramados”, observa.
Questionado porque escolheu a região Norte para viver, criar os filhos e netos a resposta foi imediata. “Gosto muito daqui, o bairro é sossegado, fiz muitos amigos, antigamente um vizinho ajudava o outro. Comemorei minha boda de prata aqui na Igreja Sagrado Coração de Jesus, na ocasião foi o padre Zezinho que celebrou a missa”, conclui.
