Revolta marca enterro de mulher que pesava mais de 300 kg após bariátrica em Barra Bonita

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Revolta marca enterro de mulher que pesava mais de 300 kg após bariátrica em Barra Bonita 05 janeiro 2018
(Foto: Sérgio Pais/G1)

O clima de revolta marcou o velório da moradora de Barra Bonita (SP) que pesava mais de 300 quilos e morreu na madrugada desta quinta-feira(4). A dona de casa Nadir da Silva, de 54 anos, foi enterrada na tarde do mesmo dia, em uma operação especial por conta do excesso de peso.

A mulher, que já tinha feito uma cirurgia bariátrica há cerca de cinco anos, além de outros tratamentos como colocação de balão gástrico e tratamento em spa, não conseguiu diminuir o excesso de peso, o que agravou seu quadro de saúde.

Durante o velório, familiares acusaram as autoridades de saúde de Barra Bonita de falta de atenção em relação ao caso da mulher. Eles dizem que a internação, há tempos solicitada, só foi providenciada quando o quadro se agravou de forma severa e foi divulgado pela imprensa.

“Sempre que a gente pedia para internar eles diziam para ter calma. Arumaram um leito porque levamos o caso à imprensa, só que já era tarde. Foi muito descaso”, disse Ana Caroline Silva, sobrinha de Nadir.

Procurado, o secretário de Saúde Barra Bonita, Jorge de Freitas, alega que não houve falta de atenção e afirma que fez tudo o que estava ao seu alcance. Segundo Freitas, quando o quadro da paciente se agravou, no último dia 28 de dezembro, a vaga de internação foi conseguida no Hospital São José, em Barra Bonita.

Entretanto, o secretário diz que antes já havia tentado encaminhar a paciente para vários outros hospitais com capacidade de atender caso como o dela. Ele diz que tem registrado todas essas tentativas.

“Não dá para acusar o poder público de falta de atenção e descaso. Temos de lembrar que foi justamente o poder público que garantiu que ela [Nadir] fizesse a bariátrica e colocasse o balão gástrico” , diz o secretário de Saúde.

Peso como inimigo

(Foto: Reprodução/TV TEM )

A irmã da dona de casa, Nair da Silva, conta que o acúmulo de peso começou devido à perda da mãe e do irmão. Nadir entrou em depressão e não conseguiu mais sair da cama.

A obesidade mórbida também a impedia de fazer exames, já que os equipamentos de hospitais e laboratórios não têm a estrutura para suportar o peso dela. Familiares contam que ela estava há cerca de 15 anos na cama, com severa limitação de movimentos.

Nadir estava internada em estado grave desde 28 de dezembro no Hospital e Maternidade São José de Barra Bonita. A família da dona de casa não descarta a possibilidade de adotar medidas judiciais contra o que eles consideram um descaso no atendimento.

Fonte: Portal G1

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