A possibilidade de haver a revitalização da Rua Amando de Barros, principal corredor comercial de Botucatu, é uma iniciativa que vem sendo discutida há vários anos ainda não saiu do papel, mas não foi esquecida. É o que afirmou o secretário de Governo, Caco Colenci esta semana ao ser questionado sobre o assunto.
O prefeito João Cury tem interesse nesse projeto, que seria uma parceria entre o Poder Público e os comerciantes, mas esse é um projeto caro e seriam 10 quarteirões a serem revitalizados. Cada um custaria em torno de R$ 500 mil. Temos um projeto arquitetônico e estamos vendo a possibilidade de fazer um projeto Executivo. Algumas reuniões foram feitas entre as partes envolvidas sem nenhuma decisão definida, disse Colenci.
Além de o projeto ser caro, outro entrave é com relação ao tempo a obras. A previsão é que as obras levem, pelo menos, um ano para ser concluída e é difícil imaginar a Rua Amando de Barros em obras durante um ano, observou Colenci. O assunto não está esquecido. Existe a possibilidade de a revitalização acontecer, mas é necessário avaliar os custos e a prefeitura não pode arcar sozinha com as despesas das obras, acrescentou.
Em sua essência o projeto arquitetônico prevê o alargamento das calçadas para que os consumidores tenham mais espaço enquanto fazem suas compras no trecho compreendido entre a Rua Tonico de Barros até a Praça Coronel Moura – Paratodos. Outro serviço previsto no projeto é a preparação de tubulação aterrada para o recebimento, futuramente, de toda a fiação elétrica, telefonia e internet.
Esse assunto gerou uma Audiência Pública na Câmara Municipal de Botucatu e dezembro de 2010 para que os lojistas conhecessem e discutissem o processo. O encontro foi promovido pela Secretaria Municipal de Descentralização e Participação Comunitária e da Subsecretaria de Comércio e Serviços. Também estiveram presentes outros membros do secretariado do governo João Cury.
Na ocasião Cury enfocou que a questão da revitalização da Rua Amando precisa ser tratada objetivamente. Temos um belo projeto arquitetônico, mas é preciso mais do que isso. E sem projeto executivo as coisas ficam apenas no campo da possibilidade, da boa intenção. Com o aval de comerciantes e proprietários de imóveis da Amando, na audiência pública realizada na Câmara, assumimos o compromisso de elaborar esse projeto executivo. E reafirmamos o compromisso que assumimos de a prefeitura garantir dois terços do valor da obra enquanto o restante virá dos locadores e locatários, disse.
Também a reportagem esteve conversando com os comerciantes e grande parte deles entende que as obras devem ser custeadas somente pela prefeitura. Já o presidente da Associação das Empresas da Rua Amando de Barros (AEAB), Maurício Serôdio, diz que as negociações não evoluíram. A associação fez o que tinha a fazer na questão da revitalização, participando de debates e reuniões. Até agora temos apenas um projeto arquitetônico e estamos torcendo para que haja um acordo entre o comércio e a prefeitura para que o projeto executivo seja feito, disse Seródio.
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