Restaurantes investem em delivery próprio, mas continuam com aplicativos de entrega

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Restaurantes investem em delivery próprio, mas continuam com aplicativos de entrega 29 novembro 2020

Especialistas dizem que o ideal é usar a visibilidade dos apps terceirizados, mas também criar um sistema exclusivo, para aproximar os clientes.

O delivery se tornou uma das principais armas do setor de alimentação para compensar a falta de clientes nos restaurantes durante a pandemia do coronavírus. Mas fica uma dúvida: é melhor usar um aplicativo de entrega terceirizado ou criar um sistema próprio?

Uma rede de comida chinesa nasceu em 1992 já com o DNA de delivery. Antes da pandemia, as entregas representavam 60% das vendas. Agora são 91%.

“A coisa mais difícil é a pessoa comprar de você. Não adianta ter um bom app se não atender bem o cliete. Atendendo bem, ele vai voltar”, diz o empresário Thomas Liu.

A empresária Sálua Bueno está no ramo de alimentação há sete anos. Ela e um sócio montaram três creperias, no Rio de Janeiro. Com a pandemia, começou a fazer delivery.

“A gente teve que ir com muita força pro delivery, porque naquele momento foi nossa única possibilidade de ganho financeiro”, conta Sálua.

Para os especialistas, o ideal é manter um sistema híbrido: usar a visibilidade e alta demanda dos aplicativos de entrega de comida e também criar um sistema próprio. Para isso, é preciso investir em tecnologia, treinamento e logística.

A rede de comida chinesa faz isso. Começou recebendo pedidos por telefone. Depois, contratou aplicativos terceirizados e este ano lançou o delivery próprio.

Demorou cinco anos para ajustar cada detalhe e hoje a margem de erro da operação é quase zero. E não se trata só de tecnologia. Ter equipe própria de motoboys facilita a logística, agiliza a entrega e fideliza cliente.

“Trabalhei, tentei, troquei, tive coragem de pegar investimento, jogar no lixo e começar de novo até fazer funcionar. Hoje está funcionando perfeitamente, valeu a pena”, conta Thomas.

Para Thomas, o sistema próprio aproxima mais o cliente porque dá para conhecer melhor o perfil do consumidor. Ele diz que atualmente a rede trabalha com 50% em delivery próprio e 50% com entrega pelos apps.

Na creperia, 80% dos pedidos chegam por aplicativos terceirados. Os outros 20% chegam por telefone, redes sociais e aplicativos de mensagem. Agora, a empresa desenvolve um app de entrega próprio.

“No processo da pandemia atingimos a maturidade para entender o negócio e trabalhar com equipe com treinamento bacana, achar embalagem adequada”, explica Sálua.

Agora, a empresa desenvolve um aplicativo de entrega próprio, com base no que já tinha, para fidelizar clientes. A meta é que esse canal entregue até 40% dos pedidos.

Fonte: G1

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