A restauração da estação ferroviária, antigo desejo da comunidade botucatuense, começa a ser transformado em realidade pela Prefeitura de Botucatu. A primeira etapa das obras será viabilizada com apoio da Secretaria de Estado da Cultura. A informação é da Secretaria de Comunicação.
O arquiteto Guilherme Michelin, contratado para elaborar o projeto que culminou no tombamento da estação pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) no último mês de fevereiro, obteve a autorização para que o município possa captar R$ 600 mil através do PROAC (Programa de Ação Cultural). Os recursos serão obtidos por meio de patrocínios de contribuintes habilitados do ICMS.
O projeto foi apresentado pela empresa Producom e recebeu aprovação prévia da Secretaria de Estado da Cultura. A proposta, nesta primeira etapa, é viabilizar a recuperação completa do telhado (madeiramento, telhas, calhas, etc.) e da fachada da antiga estação, além da higienização do imóvel.
A empresa contratada para executar a obra é a Estúdio Sarasá, especializada em restauração. Um de seus representantes esteve em Botucatu na semana passada discutindo o início dos trabalhos com o prefeito João Cury Neto. Essa empresa possui grande know-how. Foi responsável pelo restauro do Mosteiro da Luz, do Teatro Municipal de São Paulo e agora trabalha na Cripta do Imperador no Museu do Ipiranga, informa o historiador e secretário municipal de Descentralização e Participação Comunitária, João Carlos Figueiroa, um dos grandes entusiastas do projeto.
Segundo ele, a Prefeitura já está tomando as medidas necessárias para colocar a estação em condições de abrigar os trabalhadores que atuarão no local. Esse serviço preliminar inclui limpeza das instalações, instalação elétrica, disponibilidade de água e cercamento da área com alambrado.
Nessa fase inicial os serviços serão concentrados na recuperação do telhado a fim de preservar o imóvel da ação das chuvas. A expectativa é que as obras sejam executadas no prazo de 60 dias. A própria empresa tem pressa em poder iniciar os trabalhos já que executará mais cinco obras que envolvem cobertura de prédios, enfatiza Figueiroa.
A título de contrapartida, a Prefeitura investirá R$ 100 mil no trabalho de educação patrimonial. O projeto já está formatado e inclui, entre outras ações, uma exposição permanente na antiga plataforma da estação, retratando aspectos importantes da história da ferrovia em Botucatu. A proposta é lançar mão de uma série de recursos que possam conscientizar as pessoas sobre a importância da recuperação e preservação não só da estação, mas de todo o imenso patrimônio ferroviário. Vamos envolver principalmente nossos estudantes, informa Figueiroa.
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