Restaura Cuesta promove mutirão de reflorestamento em áreas atingidas por incêndios em Botucatu

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Restaura Cuesta promove mutirão de reflorestamento em áreas atingidas por incêndios em Botucatu 17 janeiro 2025

Serão plantadas em torno de 1600 mudas de espécies arbóreas nativas da região. Veja como se voluntariar.

Nos dias 23 e 25 de janeiro, o projeto Restaura Cuesta, coordenado pela Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, câmpus de Botucatu, promove um mutirão para o plantio de mudas de árvores de espécies nativas, em área da Fazenda Edgárdia atingida pelos incêndios florestais acontecidos em setembro e outubro de 2024.

Serão plantadas em torno de 1600 mudas de espécies arbóreas nativas da região. Voluntários interessados em colaborar poderão se inscrever pelo formulário no link:

https://forms.gle/KA7C9cfktLmbBwFt5

O link do formulário também está disponível na notícia sobre o mutirão, no site fca.unesp.br

O plantio será orientado pelos professores Diego Sotto Podadera e Magali Ribeiro da Silva, e coordenado pela engenheira florestal Sabrina Brasil de Freitas, residente das Fazendas de Ensino, Pesquisa e Extensão da FCA, também responsável também pela execução.

O projeto Restaura Cuesta, criado no final de 2024, tem participação direta da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp (FMVZ), do Instituo de Biociências (IB) da Unesp, e apoio da APA Cuesta Guarani, Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Botucatu, Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf). Participam também das frentes de trabalho ONGs locais como Cuesta Viva, com o apoio da Liga do Bem, Banco de Alimentos e Ciclo Limpo.

O objetivo do projeto é realizar ações para a restauração das áreas atingidas e para a proteção da Cuesta, de forma a prevenir impactos futuros. Tais ações incluem a realização de diagnóstico das áreas e espécies atingidas, atendimento emergencial à fauna do local, restauração e monitoramento da fauna e do habitat, além de campanhas de sensibilização e conscientização voltadas à sociedade em geral.

“Nossa intenção é estabelecer alianças estratégicas e captar recursos externos para todas as ações, além de contar com o apoio de especialistas da universidade para a orientação técnica-científica das diferentes frentes de trabalho. Desta forma, docentes da Unesp, estudantes de graduação e pós-graduação também serão envolvidos nas atividades”, comenta a professora Renata Cristina Batista Fonseca, que toma posse como vice-diretora FCA/Unesp no dia 30 de janeiro e coordena o Restaura Cuesta.

Esse primeiro plantio vai cobrir uma área de um hectare e tem a colaboração do Viveiro de Mudas da FCA, do Laboratório de Conservação da Natureza, Laboratório de Restauração e Silvicultura Tropical e da Supervisão das Fazendas de Ensino, Pesquisa e Extensão (FEPEs) da FCA.

De acordo com levantamento feito pela Unesp, as áreas atingidas pelos incêndios somam 316 hectares, sendo 203 hectares na Fazenda Experimental Edgardia e 113 hectares na Fazenda Experimental Lageado. Outras propriedades particulares da região também foram atingidas.

Frentes de trabalho

O projeto Restaura Cuesta atua em cinco frentes distintas. São elas: “Diagnóstico e monitoramento”; “Restauração ecológica”; “Atendimento emergencial a fauna silvestre ”; “Extensão rural” e, por fim, “Sensibilização e educação ambiental”.

A frente intitulada “Diagnóstico e Monitoramento” ficou a cargo dos laboratórios de pesquisa da FCA, IBB e FMVZ e dá continuidade às atividades realizadas ainda durante o período dos incêndios, avaliando seus impactos e realizando um diagnóstico da fauna afetada e do estado do habitat. O trabalho inclui a realização de censos periódicos das espécies para avaliar a recuperação e o monitoramento do habitat, além da recuperação do ecossistema ao longo do tempo.

Os plantios que serão realizados nos dias 23 e 25 de janeiro fazem parte da linha “Restauração Ecológica”, que tem o objetivo de promover a regeneração do ecossistema, o que inclui  plantar espécies nativas da região que favoreçam a recuperação do ecossistema e ações para aumentar as populações de fauna silvestre afetadas.

A linha denominada “Atendimento emergencial” já tem feito ações desde as primeiras semanas seguintes aos incêndios. Tais ações, com participação intensiva do Laboratório de Conservação da Natureza e do Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens (Cempas) da FMVZ, incluíram estabelecer protocolos para o resgate de fauna ferida ou em risco e fornecer alimento e água a espécies vulneráveis, com apoio importe da ONG Cuesta Viva e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), que colaboraram com a instalação de comedouros e bebedouros nas áreas atingidas pelo fogo.

Os alimentos fornecidos como suplemento à fauna atingida são doados pelo Banco de Alimentos e a Liga do Bem. Após a seleção realizada pela equipe do Laboratório de Conservação da Natureza, os resíduos são coletados pelo Ciclo Limpo e viram adubo orgânico após processo de compostagem.

As linhas “Extensão rural” e “Sensibilização e educação ambiental” vão atuar em 2025 oferecendo apoio e orientação aos moradores e proprietários de áreas atingidas pelos incêndios, situadas fora dos limites da universidade e também promovendo campanhas de conscientização junto à sociedade sobre a importância da fauna silvestre e da prevenção de incêndios. Da mesma forma, um dos objetivos do projeto é fomentar a participação da comunidade em atividades de restauração. Uma das ações já realizadas nessa frente foi o webinar “Incêndios Florestais: Um debate emergente”, com a participação de representantes de vários setores da sociedade civil como pesquisadores, jornalistas e ambientalistas.

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