Residentes não aceitam proposta do governo e greve continua

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Residentes não aceitam proposta do governo e greve continua 28 agosto 2010

No final da tarde desta sexta-feira, os médicos residentes do Estado de São, em uma assembléia realizada na Praça da Sé, em São Paulo, optaram pela continuidade da greve que teve início na tarde de sexta-feira (dia 20) da semana passada. O governo manteve a proposta de dar um reajuste na bolsa dos residentes de 20%, que não foi aceito, já que a reivindicação é de 38,7%. Em razão disso a greve vai continuar na semana que vem.

“Infelizmente o governo não aceitou a nossa proposta e ontem (sexta-feira) em São Paulo participamos da assembléia onde ficou decidido pela continuidade do movimento. Nossa intenção era chegar a um acordo, mas não foi possível. Esperamos que a população usuária da Unesp entenda a nossa situação e nos dê apoio”, colocou a presidente da Associação dos Médicos Residentes de Botucatu, Priscila Medeiros.

Ele revela que a greve é por tempo indeterminado, mas enquanto (a greve) durar, os serviços emergenciais e de urgência serão mantidos, assim como o acompanhamento aos enfermos. “Vamos procurar dar continuidade ao atendimento ? população da melhor maneira possível e os serviços essenciais não serão interrompidos”, garantiu a presidente, que na tarde de quarta-feira (25) organizou uma passeata de residentes na Rua Amando de Barros, que teve início na Praça Emílio Peduti – Bosque e se encerrou nas escadarias da Praça Coronel Moura – Paratodos.

A presidente da Associação insiste em afirmar que os profissionais da Saúde estão buscando a valorização da residência médica e do médico residente. Eles protestam contra os baixos valores de remuneração da bolsa, querem garantia de auxílio moradia e alimentação, além do cumprimento da jornada de trabalho de 60 horas semanais.

“Os médicos residentes (327 somente em Botucatu) recebem, há quase quatro anos, o mesmo valor de salário (bolsa) e tem uma jornada com carga excessiva de horas. A lei preconiza que os médicos residentes trabalhem até 60 horas semanais, mas a carga de trabalho semanal ultrapassa 100 horas”, repete, enfocando que ao contrário dos demais trabalhadores do Brasil, a classe que representa não tem 13º salário, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), adicional de férias, adicional de insalubridade e nem reajuste anual apesar da obrigação em pagar imposto de renda e INSS.

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