Região de Botucatu perde 1.733 postos de trabalho em um ano

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Região de Botucatu perde 1.733 postos de trabalho em um ano 22 abril 2016

Só em Bauru, um total de 900 postos foram encerrados, uma variação de quase 10%; na região, Avaré foi a única cidade que apresentou saldo positivo

Foto: Bruna Dias/SindusCon

 

O setor da construção civil continua a sofrer com a condição político-econômica do País e, num período de um ano, 467,7 mil postos de trabalho foram fechados no Brasil todo. Os dados são fruto de estudo realizado pelo SindusCon-SP em parceria com a FGV-SP, que também apontam menos 1.733 postos na região de Bauru, considerando as cidades de Bauru, Botucatu, Jaú, Marília, Avaré e Lins.

Só em Bauru, cidade sede de uma das Regionais do SindusCon-SP, 900 vagas foram encerradas entre fevereiro de 2015 e 2016. Também registraram queda nos números de emprego, neste mesmo período, os municípios de Botucatu, Jaú, Marília e Lins. Apenas Avaré registrou crescimento de 3,21% no período.

O Diretor do SindusCon-SP na Regional Bauru, Ricardo Aragão, afirma que o momento é de preocupação, principalmente com relação à geração de empregos, que movimenta a economia dos municípios. 

"São muitos os fatores que influenciam nesta queda drástica de empregos que o setor da construção civil está vivenciando nos últimos anos. É importante que os juros baixem e as condições de financiamento melhorem para que o poder de compra e a atratividade voltem a existir", salientou.

No Brasil foram 467,7 mil trabalhadores demitidos

São Paulo, 06 de abril de 2016 – A construção civil brasileira registrou queda de -0,83% no nível de emprego em fevereiro, em relação a janeiro, com o fechamento de 23,9 mil postos de trabalho, considerando os fatores sazonais*. Desconsiderando efeitos sazonais**, o número de vagas fechadas em fevereiro foi de 32,9 mil (-1,12%). Em 12 meses, já foram demitidos 467,7 mil trabalhadores. 

Os dados são da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). 

O presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, afirmou não enxergar uma recuperação do emprego na construção brasileira, no curto prazo. “O setor está desempregando pelo 17º mês consecutivo. Mesmo se, como queremos, a crise política tiver um desfecho rápido dentro da legalidade, novos investimentos ao longo deste ano resultarão em obras mais adiante, e somente então se iniciará uma retomada do emprego”, comenta.

Por segmento, engenharia e arquitetura teve a maior retração (-1,66%) em fevereiro em comparação a janeiro, seguido pelo de imobiliário (-1,15%). No acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, o segmento imobiliário apresentou a maior queda (-17,73%).

A deterioração do mercado de trabalho afeta todas as regiões do Brasil, sendo que os piores resultados foram observados no Norte (-2,50%), e no Nordeste (-1,01%).

 

Emprego por regiões do Brasil 
(Fevereiro de 2016)*

Região

Variação mensal (%)

Número de novas vagas

Norte

-2,50

-4.217

Nordeste

-1,01

-6.072

Sudeste

-0,73

-10.740

Sul

-0,49

-2.189

Centro-Oeste

-0,36

-775

Brasil (Total)

-0,83

-23.993

 

*Os dados da tabela consideram os fatores sazonais

Estado de São Paulo
Em fevereiro, o emprego registrou queda de -0,57% em relação a janeiro, considerando efeitos sazonais, com redução de 4.431 mil vagas. Desconsiderando a sazonalidade, o declínio no período foi de -1,02% (-7,9 mil vagas).

No período, o segmento de engenharia e arquitetura respondeu pelo pior desempenho (-1,81%). Em seguida, o imobiliário apresentou queda de -1,03%.

O estoque de trabalhadores sofreu retração de 773 mil em janeiro para 769 mil em fevereiro.

Em 12 meses, entre as regionais, Santos apresentou a maior queda, de -14,57%. Na capital, que responde por 45% do total de empregos no setor, a retração no mesmo comparativo foi de -11,53%.

 

Emprego por regiões do Estado de São Paulo 

(Fevereiro de 2016)

Região

Variação mensal (%)

Número de novas vagas

Presidente Prudente

2,40

209

Ribeirão Preto

0,28

143

São José do Rio Preto

-0,31

-95

Santo André

0,69

303

Sede (capital)

-0,76

-2.658

Sorocaba

-0,94

-837

Campinas

-0,57

-471

Santos

-1,28

-352

Bauru

-0,56

-128

São José dos Campos

-0,82

-545

 


 

**A dessazonalização é um tratamento estatístico que tem como objetivo retirar efeitos que tipicamente acontecem em um mesmo período do ano.

Sobre o SindusCon-SP
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) é a maior associação de empresas do setor na América Latina. Congrega e representa 650 construtoras associadas e 15 mil filiadas em todo o estado. A construção paulista representa 27,5% da construção brasileira, que por sua vez equivale a 5,5% do Produto Interno Bruto do Brasil.

 

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