Raposinhas-do-campo tratadas em Botucatu viram atração no Zoológico de São Paulo

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Raposinhas-do-campo tratadas em Botucatu viram atração no Zoológico de São Paulo 03 novembro 2019

O Zoológico de São Paulo começou a apresentar aos visitantes na segunda-feira (28) duas raposinhas-do-campo, espécie ameaçada de extinção e somente encontrada no Brasil, em áreas de Cerrado. Dentre o grupo dos canídeos do mundo (família dos lobos, chacais, coiotes, cães e raposas), a raposinha-do-campo figura entre as espécies menos estudadas, o que faz dela ainda pouco conhecida não só do público em geral, mas também da comunidade científica.

As duas fêmeas que chegaram ao Zoo não são parentes. As duas foram resgatadas em situação de risco, consequência de desequilíbrios ambientais decorrentes de ações humanas (como queimadas e desmatamento). Uma delas foi entregue ao Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens, da Unesp de Botucatu, em novembro de 2018. Uma família de Americana, no interior de São Paulo, levou o animal depois de acreditar que estava criando um cão doméstico.

A outra fêmea foi encontrada ainda filhote e sozinha em uma empresa em Avaré, também no interior. Ela também foi encaminhada à Unesp de Botucatu, em outubro de 2018, pelo Corpo de Bombeiros.

Recentemente, técnicos do Setor de Mamíferos deram a elas os nomes de Simone e Simaria, uma homenagem à dupla sertaneja feminina que também tem uma forte ligação com a região Central do país, Goiás, em virtude do estilo musical, sendo o local também uma das moradas das raposinhas.

Elas foram levadas ao Zoo em julho e permaneceram por meses em observação para avaliação clínica e comportamental. Depois as raposinhas foram transferidas para um recinto amplo, com vegetação rasteira, troncos, pontos de fuga e outros recursos ambientais que remetem ao Cerrado para estimular comportamentos naturais da espécie, como demarcar território e se abrigar em tocas, por exemplo.

A adaptação ao novo lar é fase importante no manejo da espécie e requer monitoramento constante dos biólogos por mais algumas semanas. No Zoo, foi elaborada uma dieta para atender as necessidades nutricionais da espécie, sendo oferecido diariamente frutos, carnes, ovos e ração balanceada para canídeos.

Fonte: Governo de SP

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